A técnica da enxertia é uma prática que envolve o cruzamento de duas plantas diferentes, com o objetivo de dar vida a uma espécie de planta com ambas as características. Não raramente, as variedades de árvores frutíferas silvestres fornecem frutas muito deficientes do ponto de vista nutricional ou de curta duração. Com a variedade enxertada este problema não é grave: os galhos têm as vantagens de uma variedade de planta apta a garantir frutos e em quantidade abundante, enquanto que o tronco e as raízes têm as vantagens de uma outra variedade de planta muito resistente.
O enxerto, além disso, é uma técnica que pode ser praticada também no próprio jardim em casa. Por exemplo, se você tem que lidar com uma árvore de pera que tem uma estrutura frágil, mas ainda é capaz de dar excelentes frutos e com uma pereira que, em vez disso, é muito mais resistente, as duas plantas podem ser enxertadas para ter uma planta com frutos suculentos e agradáveis e ainda assim bem resistente. Se você quiser praticar, você só precisa de um pouco de fita adesiva e um par de tesouras de jardinagem.
Para aqueles que são amadores, o conselho é começar com a assim chamada técnica de enxertia em forma de "T", que além de ser aquela mais comum entre os agricultores é também a menos complicada de realizar. Geralmente, o melhor período para a realização dos enxertos é a primavera, pois nesta estação a casca tem uma camada interna bastante suave. A primeira operação que deve ser feita, é realizar em uma planta destinada a enxertar, um corte, de modo que você possa pegar um pequeno gomo: é melhor praticar um corte muito profundo, para chegar até a camada interna da casca (aquela de cor verde vivo).
Depois disso, você deve executar na casca da árvore hóspede um corte em forma de "T": em correspondência com este corte, o enxerto deve ser juntado á árvore hóspede. Depois disso, o ramo deve ser envolvido com um pouco de fita adesiva, de modo que as duas partes formem um bom conjunto: se você não tiver a fita você também pode usar uma bandagem. Deste ponto em diante, com o passar do tempo, o corte lentamente irá se curar: Então, você pode remover o curativo. O enxerto, portanto, está pronto: não há nada a fazer senão esperar que a planta tenha seus frutos.
O enxerto é classificado entre as técnicas que marcaram o nascimento e desenvolvimento da fruticultura. Se a multiplicação de uma planta através de sementes dá origem a indivíduos heterogêneos que diferem dos seus pais, tendo algumas características em comum com eles (a assim chamada reprodução sexual ou sexuada), através do enxerto o mesmo pode ser multiplicado, de tal maneira que as características da planta de origem possam permanecer inalteradas de todos os pontos de vista (a assim chamada reprodução assexual ou assexuada).
No momento que se encontra uma planta que é considerada melhor do que a outra, que seja pela resistência ou pela qualidade dos frutos, o enxerte permite de replicá-la em uma série de novos indivíduos praticamente infinitos, de forma perfeita. Com o passar das “gerações” é assim realizado um trabalho contínuo de seleção que, em virtude da multiplicação, dá origem as espécies desejadas.
Em essência, o princípio do enxerte se apoia à capacidade de todas as plantas de curar os cortes, isto é, as feridas, graças à troca, de um tecido específico, que está localizado entre os círculos da madeira e da casca e é o responsável da cura, ou seja, do sucesso do enxerto. A troca no decurso do período de crescimento, é afetado por um crescimento contínuo, graças à geração de novos tecidos vasculares e ajuda a assegurar que a seiva seja transportada de forma eficiente, de modo a que o diâmetro dos órgãos lenhosos e do tronco possam crescer de forma progressiva.
Fotos e Texto adaptado: showdedicas.net