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terça-feira

O aquecimento urbano favorece a abundância de insetos pragas em árvores urbanas

Estudo revela que temperatura é fator chave no aumento da população de alguns insetos praga em árvores urbanas


Créditos: North Carolina State University

(Phys.org) - Uma nova pesquisa da Universidade do estado da Carolina do Norte (USA) descobre que temperaturas mais elevadas encontradas em ambientes urbanos é são os principais contribuintes para o aumento das populações de cochonilhas consideradas praga em árvores urbanas - O estudo indica que o aumento da temperatura associados à mudança climática global pode levar ao aumento significativo das populações de insectos praga.
"Nós agora compreendemos melhor porque as árvores em áreas urbanas são infestadas por muitas dessas pragas", diz Dr. Steve Frank, professor assistente de entomologia da Universidade do estado da Carolina do Norte e co-autor do artigo descrevendo o estudo. "E se a mudança climática provoca elevação das temperaturas nas florestas, como esperamos, podemos esperar que espécies praga como as cochonilhas ocasionem um problema muito maior para a saúde do ecossistema."
Cochonilhas são pragas pequenas que fixam-se a planta e se alimentam de sua seiva, enfraquecendo e, potencialmente, matando a planta. Neste estudo, os pesquisadores examinaram especificamente a proporção de cochonilhas (Parthenolecanium quercifex) que se alimenta exclusivamente de carvalhos (Oak lecanium).
Os pesquisadores utilizaram mapas de temperatura para identificar zonas mais quentes e mais frescas no ambiente urbano de Raleigh, N.C.. Em seguida, avaliaram as densidades populacionais de P. quercifex nessas zonas, e descobriram que a proporção das populações foram 800% superior nas zonas mais quentes.
Para determinar se a diferença de população foi devido ao calor ou outros fatores ambientais, os pesquisadores trouxeram sacos com ovos de P. quercifex de zonas quentes e frias para o laboratório. Alguns sacos de ovos de zonas quentes foram colocados em câmaras de calor, enquanto que os sacos de outras zonas quentes foram colocados em câmaras de refrigeração. Sacos de ovos provenientes de zonas frias também foram colocados em calor e câmaras de refrigeração.
Os sacos com ovos retirados de zonas urbanas mais quentes colocados na câmara de calor em laboratório resultaram numa população de insectos que foi de 250% mais abundante do que a zona de calor avaliada.
"As cochonilhas nas zonas urbanas mais quentes parecem ter se adaptado às temperaturas mais elevadas em ambientes urbanos", diz Emily Meineke, estudante de doutorado  na NC e autor principal do trabalho. "Teoricamente, a adaptação seria também um mecanismo para beneficiar-se de temperaturas mais quentes que podem resultar da mudança climática".
Link do artigo publicado pela PLOS ONE: 
Urban Warming Drives Insect Pest Abundance on Street Trees