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quarta-feira

Timbaúva - Enterolobium contortisiliquum

Nome popular: Timbaúva

Nome científico: Enterolobium contortisiliquum

Família: Fabaceae


Olá linda árvore. Que nome os cientistas te deram? E como és conhecida nesta querência?
Meu nome é Enterolobium contortisiliquum, sou da família das Fabáceas. Por aqui sou conhecida como timbaúva, orelha-de-negro ou orelha-de-macaco.

Tu és daqui ou de longe? E quais são os teus domínios?
Sou natural da América do Sul. Meus domínios são Argentina, Bolívia, Brasil e Paraguai. No Brasil minha distribuição é ampla, ocorro desde o Piauí, Centro-Oeste, até o Rio Grande do Sul.

Em que tipo de ambiente tu gostas de viver?
Eu gosto de clima tropical e subtropical.

Estás crescendo. Até que tamanho tu podes atingir?
Eu cresço rápido, tenho porte grande e posso atingir de 20 a 35 metros de altura. Minha copa é arredondada e ampla. Como tenho grande porte e possuo raízes superficiais que se desenvolvem bastante, não devo ser plantada em calçadas, apenas em pátios com bastante espaço e longe de construções.

E como são tuas flores e frutos?
Minhas flores surgem na primavera, como formosos cachinhos de pompons brancos. Meus frutos são duros, em forma de orelha ou rim, que se tornam escuros quando maduros no inverno. Se quiserem produzir mudas de timbaúva utilizem as minhas sementes.

Como tuas folhas se comportam no outono?
Eu perco parte de minhas folhas para economizar energia no frio. Mas não precisam me podar, porque depois minhas folhas crescerão novamente e não precisa varrer minhas folhas, porque elas viram adubo, alimentando nosso solo.

E falando sobre poda. Ela é necessária?
Em ambiente natural não precisamos de poda. Nas cidades as pessoas nos podam para que possamos conviver com a infinidade de coisas construídas pelo homem. Para a realização da poda é preciso ter autorização da Secretaria de Meio Ambiente de Bagé, para que os funcionários verifiquem se a poda é mesmo necessária. Uma poda inadequada pode me deixar muito feia e dodói, porque um galho mal cortado não cicatriza, ocasionando uma ferida exposta. Esta ferida é uma porta de entrada para umidade e organismos que me causam doenças, como fungos, cupins e outros. Além disso, os rebrotos que se formam após a poda se quebram facilmente, pois não tem ligação com o “esqueleto” da árvore. Por favor, cuidem de nós com carinho e respeito!

Tu és muito boa para o homem, mas muitas vezes o ser humano não é bom contigo. Que partes tuas são usadas pelo homem e quais os usos?
Como sou muito bela, sou utilizada no paisagismo. Minha madeira é leve e macia, mas pouco resistente, sendo usada na fabricação de canoas, produção de caixas, brinquedos, compensados, entre outros produtos. Os meus frutos e a casca frutos são utilizados na produção de sabão, pois apresentam uma substância chamada de saponina, caracterizada por formar espuma.

Existe alguma curiosidade sobre a timbaúva que queiras dizer para nós? Vamos, conte teus segredos...
A imponência do meu porte, com minha copa majestosa, que se expande sobre os céus do Rio Grande, inspira nossos artistas como nesta bela canção:

TIMBAÚVA

Letra: Luiz Antero Peixoto
Música: Luiz Carlos Borges

Timbaúva, foste árvore,
Foste casa, foste chão.
Hoje é cinza, é saudade,
Tapera em meu coração.

Em teus galhos, muitas vezes,
Me abriguei de vento norte.
Tempo xucro, chuva forte
E também de cerração.
Abriguei-me até da morte
Em arruaça de galpão

Timbaúva, foste árvore,
Foste casa, foste chão.
Hoje é cinza, é saudade,
Tapera em meu coração.

O teu tronco forte e rijo
Se elevava nas coxilhas.
Enxergavam pelas trilhas
Comprida como um sovéu.
Te erguias até o alto
Como se tocasse o céu.

Timbaúva, foste árvore,
Foste casa, foste chão.
Hoje é cinza, é saudade,
Tapera em meu coração.

Foste mais do que um pulmão
Para toda a humanidade.
Mas o homem por maldade,
Te curvou de sol e chuva.
O machado e o fogo
Te levaram, timbaúva.

Foi timbaúva,
Veja o tempo que passou.
Os anos foram troteando,
Minha hora também chegou.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
LORENZI, H. Árvores Brasileiras. Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas do Brasil. 2ª edição. Nova Odessa, SP: Editora Plantarum, 368 p. 1998.
REVISTA NATUREZA. Árvores Ornamentais. Editora Europa. 82 p. 1997.
http://floradobrasil.jbrj.gov.br (Acesso em agosto de 2016)
http://www.ufrgs.br (Acesso em agosto de 2016)
http://www.apremavi.org.br (Acesso em agosto de 2016)
http://cumaru-pe.com.br (Acesso em agosto de 2016)
https://youtube.com (Acesso em agosto de 2016)

Fonte: Rosseto, V.; Sampaio, T. M.; Oliveira, R.; Grala, K. O braquiquito. Disponível em: <http://arborizabage.wixsite.com/arborizacaourbana>

sábado

Uva-do-japão - Houvenia dulcis

Nome popular: Uva-do-japão

Nome científico: Houvenia dulcis
Família: Rhamnaceae


Olá linda árvore. Que nome os cientistas te deram? E como és conhecida nesta querência?
Meu nome é Hovenia dulcis, sou da família das Rhamnáceas. Por aqui sou conhecida como uva-do-japão, uva-japonesa, cajueiro-japonês.

Tu és daqui ou de longe? E quais são os teus domínios?
Sou natural do Japão, China e Coréia. Minha espécie já se adaptou ao Brasil, principalmente a região Sudeste e Sul.

Em que tipo de ambiente tu gostas de viver?
Eu gosto de clima tropical e subtropical.

Estás crescendo. Até que tamanho tu podes atingir?
Eu cresço rápido, tenho porte grande. Em geral minha altura varia de 10-15 metros, mas posso atingir até 25 metros de altura. Como tenho possuo raízes superficiais que se desenvolvem bastante não devo ser plantada em calçadas.

E como são tuas flores e frutos?
Minhas flores surgem na primavera, sendo esbranquiçadas, numerosas e perfumadas. As abelhas adoram minhas flores. Meus frutos são cápsulas secas, marrons, sustentados por pedúnculos, em forma de dedinhos, castanhos, carnosos e doces quando maduros. Eles surgem no outono e verão enchendo as aves de alegria e refeição.

Como tuas folhas se comportam no outono?
Eu perco todas minhas folhas para economizar energia no frio. Mas não precisam me podar, porque depois minhas folhas crescerão novamente e não precisa varrer minhas folhas, porque elas viram adubo, alimentando nosso solo. 

E falando sobre poda. Ela é necessária?
Em ambiente natural não precisamos de poda. Nas cidades as pessoas nos podam para que possamos conviver com a infinidade de coisas construídas pelo homem. Para a realização da poda é preciso ter autorização da Secretaria de Meio Ambiente de Bagé, para que os funcionários verifiquem se a poda é mesmo necessária. Uma poda inadequada pode me deixar muito feia e dodói, porque um galho mal cortado não cicatriza, ocasionando uma ferida exposta. Esta ferida é uma porta de entrada para umidade e organismos que me causam doenças, como fungos, cupins e outros. Além disso, os rebrotos que se formam após a poda se quebram facilmente, pois não tem ligação com o “esqueleto” da árvore. Por favor, cuidem de nós com carinho e respeito!

Tu és muito boa para o homem, mas muitas vezes o ser humano não é bom contigo. Que partes tuas são usadas pelo homem e quais os usos?
Como sou muito bela, sou utilizada no paisagismo. Também sou usada como quebra-vento. Minha madeira é útil principalmente na construção civil e fonte energética. Também sou usada na alimentação humana. A parte comestível é o pedúnculo, que tem forma de dedinhos. Quando estão verdes, têm sabor adstringente, amarra na boca como caju que não está maduro. Só quando eles caem é que estão maduros e ficam bem doces. Quando estão passados eles fermentam e ficam com gosto alcoólico. Os “dedinhos” podem ser consumidos frescos ou usados para fazer doces como geleias, bebidas como vinho caseiro, passas de uvas japonesas entre outras receitinhas. É só usar a criatividade.

Existe alguma curiosidade sobre a uva-do-Japão que queiras dizer para nós? Vamos, conte teus segredos...
Vocês sabiam que a minha espécie tem sido usada pela medicina tradicional chinesa para o tratamento de doenças do fígado e para a desintoxicação após o consumo excessivo de álcool? É isso mesmo, ela ajuda a curar a ressaca e outros efeitos pós consumo de álcool. Atualmente, há vários estudos que confirmam o que os antigos sábios chineses já sabiam há séculos. Também está se avaliando a aplicação da uva-do-Japão no tratamento da dependência do álcool.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
CASAGRANDE, V.; ROMAHN, V. 101 Belas Árvores. Biblioteca Natureza. Editora Europa. 129 p. 2008.
ELEOTÉRIO, J. R.; PELLENS, G. C.; COMMANDULI, M. J. Crescimento em diâmetro, altura e volume de Hovenia dulcis na região sul de Blumenai, SC. Floresta, v. 42, p. 733-740. 2012.
LORENZI, H.; SOUZA, H.M. DE; TORRES, M.A.V. & BACHER, L.B. Árvores Exóticas No Brasil, Madeiras, Ornamentais e Aromáticas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 384 p. 2003.
REVISTA NATUREZA. Árvores Ornamentais. Editora Europa. 82 p. 1997.
https://pt.wikipedia.org (Acesso em julho de 2016)
http://www.wikiaves.com.br (Acesso em julho de 2016)
http://www.matosdecomer.com.br (Acesso em julho de 2016)
https://coletivocurare.wordpress.com (Acesso em julho de 2016)

Fonte: Rosseto, V.; Sampaio, T. M.; Oliveira, R.; Grala, K. O braquiquito. Disponível em: <http://arborizabage.wixsite.com/arborizacaourbana>

Pôncirus - Poncirus trifoliata

Nome popular: Pôncirus

Nome científico: Poncirus trifoliata
Família: Rutaceae


Olá linda árvore. Que nome os cientistas te deram? E como és conhecida nesta querência?
Meu nome é Poncirus trifoliata, sou da família das Rutáceas. Por aqui sou conhecida como pôncirus, laranja amarga ou planta dragão voador.

Tu és daqui ou de longe? E quais são os teus domínios?
Sou natural da Ásia, habitando originalmente a China e Coreia.

Em que tipo de ambiente tu gostas de viver?
Eu gosto principalmente de subtropical. Sou muito resistente à seca e ao frio, sendo bem adequada ao clima daqui de Bagé.

Estás crescendo. Até que tamanho tu podes atingir?
Eu cresço moderadamente, tenho pequeno porte, atingindo de 3 a 4 metros de altura. Tenho muitos espinhos nos meus ramos e copa arredondada e densa.

E como são tuas flores e frutos?
Minhas flores são brancas, e muito perfumadas. Meus frutos são amarelos, como pequenas laranjas. São comestíveis, apesar de serem bem amargos. Se quiserem produzir mudas de pôncirus utilizem as minhas sementes.
Como tuas folhas se comportam no outono?
Eu perco minhas folhas para economizar energia no frio. Mas não precisam me podar, porque depois minhas folhas crescerão novamente e não precisa varrer minhas folhas, porque elas viram adubo, alimentando nosso solo.

E falando sobre poda. Ela é necessária?
Em ambiente natural não precisamos de poda. Nas cidades as pessoas nos podam para que possamos conviver com a infinidade de coisas construídas pelo homem. Para a realização da poda é preciso ter autorização da Secretaria de Meio Ambiente de Bagé, para que os funcionários verifiquem se a poda é mesmo necessária. Uma poda inadequada pode me deixar muito feia e dodói, porque um galho mal cortado não cicatriza, ocasionando uma ferida exposta. Esta ferida é uma porta de entrada para umidade e organismos que me causam doenças, como fungos, cupins e outros. Além disso, os rebrotos que se formam após a poda se quebram facilmente, pois não tem ligação com o “esqueleto” da árvore. Por favor, cuidem de nós com carinho e respeito!

Tu és muito boa para o homem, mas muitas vezes o ser humano não é bom contigo. Que partes tuas são usadas pelo homem e quais os usos?
O ser humano me usa como porta-enxerto. Mas o que é porta-enxerto? O enxerto consiste em unir partes de plantas diferentes, resultando em uma só planta. O enxerto ou garfo dará origem a parte do tronco e da copa. Já o porta-enxerto formará o sistema de raízes. Esse “Frankenstein” é muito útil para a produção de plantas cítricas, como o limoeiro e a laranjeira. Eu sou muito resistente ao frio, a solos pobres em nutrientes, e algumas doenças, fornecendo essas características para as plantas formadas pelas mãos do homem.
Quando estou sem folhas meus ramos lembram um dragão voador. Como tenho muitos espinhos tenho sido usada como cerca viva defensiva.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
https://pt.wikipedia.org (Acesso em julho de 2016)
https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br (Acesso em julho de 2016)
http://thecitrusguy.blogspot.com.br (Acesso em julho de 2016)

Fonte: Rosseto, V.; Sampaio, T. M.; Oliveira, R.; Grala, K. O braquiquito. Disponível em: <http://arborizabage.wixsite.com/arborizacaourbana>
 

Guajuvira - Cordia americana

Nome popular: Guajuvira

Nome científico: Cordia americana

Família: Boraginaceae


Olá linda árvore. Que nome os cientistas te deram? E como és conhecida nesta querência?
Meu nome é Cordia americana, sou da família das Boragináceas. Por aqui sou conhecida como guajuvira, guaiuvira, guaiabira, guajuvira-branca.

Tu és daqui ou de longe? E quais são os teus domínios?
Sou natural da América do Sul. Meus domínios são a Argentina, Brasil, Bolívia, Paraguai e Uruguai. No Brasil estou presente naturalmente na região Sul, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Gosto de viver na Mata Atlântica e no Pampa tchê.

Em que tipo de ambiente tu gostas de viver?
Eu gosto de clima subtropical. Cresço bem em solos secos e profundos, mas também consigo me desenvolver em solos rasos.

Estás crescendo. Até que tamanho tu podes atingir?
Eu cresço devagar, mas atinjo um porte médio na maturidade, posso chegar de 10 a 15 metros de altura.

E como são tuas flores e frutos?
Minhas flores surgem na primavera em cachos, são brancas ou beges, perfumadas e melíferas. Meus frutos são arredondados, e quando maduros se abrem, liberando as sementes, que podem voar pelo mundo, em busca de novos ambientes. Os frutos ficam maduros na primavera e inicio do verão. Se quiserem produzir mudas de guajuvira utilizem as minhas sementes.

Como tuas folhas se comportam no outono?
Eu perco parcialmente minhas folhas para economizar energia no frio. Mas não precisam me podar, porque depois minhas folhas crescerão novamente e não precisa varrer minhas folhas, porque elas viram adubo, alimentando nosso solo.

E falando sobre poda. Ela é necessária?
Em ambiente natural não precisamos de poda. Nas cidades as pessoas nos podam para que possamos conviver com a infinidade de coisas construídas pelo homem. Para a realização da poda é preciso ter autorização da Secretaria de Meio Ambiente de Bagé, para que os funcionários verifiquem se a poda é mesmo necessária. Uma poda inadequada pode me deixar muito feia e dodói, porque um galho mal cortado não cicatriza, ocasionando uma ferida exposta. Esta ferida é uma porta de entrada para umidade e organismos que me causam doenças, como fungos, cupins e outros. Além disso, os rebrotos que se formam após a poda se quebram facilmente, pois não tem ligação com o “esqueleto” da árvore. Por favor, cuidem de nós com carinho e respeito!

Tu és muito boa para o homem, mas muitas vezes o ser humano não é bom contigo. Que partes tuas são usadas pelo homem e quais os usos?
Como sou muito bela, sou utilizada no paisagismo. Além disso, sou plantada em reflorestamentos para recuperar áreas degradadas. Minha madeira dura, mas com boa elasticidade, muito durável, mesmo submersa na água ou enterrada no solo, sendo empregada em construções, moirões, remos, tacos de bilhar e golfe, cabos de ferramentas, entre outros usos.

Existe alguma curiosidade sobre a guajuvira que queiras dizer para nós? Vamos, conte teus segredos...
Vocês sabiam que os primeiros habitantes das terras brasileiras, os indígenas, me utilizam há centena de anos? A etnia Guarani Mbya me considera sagrada.  Atualmente, aqui no Rio Grande do Sul, eles vivem principalmente na região da Laguna dos Patos. Para eles, a casa tradicional deve ser construída com o cerne da guajuvira, porque ela protege o espírito e defende o homem de guerras, catástrofes naturais e outros infortúnios. Além disso, a madeira da minha espécie é usada para a confecção do cachimbo guarani, elemento importante de socialização - como o chimarrão - e utilizado em rituais cerimoniais.
Os Kaingangs, outra etnia indígena que habita no Rio Grande do Sul, na região Noroeste, também utilizavam minha madeira para a confecção de arcos, por ser dura, mas ao mesmo tempo elástica.  Eu sou semelhante aos povos Guarani Mbya e Kaingangs, pois nossa essência é forte e resistente, e ao mesmo tempo maleável, permitindo que nós continuemos a viver nestes novos tempos, sem perder a identidade.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
CARVALHO, P. E. R. Guajuvira. Circular Técnica Embrapa, v. 97, pp. 1-10. 2004.
LORENZI, H. Árvores Brasileiras. Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas do Brasil. 2ª edição. Nova Odessa, SP: Editora Plantarum, 368 p.1998.
LAPPE, E. Natureza e territorialidade: um estudo sobre os Kaingang das terras indígenas linha Glória/Estrela, por Fi Gâ/São Leopoldo e Foxá/ Lajeado. Trabalho de Conclusão de Curso – Licenciatura em História, UNIVATES. 2012.
SILVA, B. Petyngua – Símbolo da vida guarani.  Trabalho de Conclusão de Curso – Licenciatura Intercultural Índigena do Sul da Mata Atlântica, UFSC. 2015
SILVA, G. F.; PENNA, R.; CARNEIRO, L. C. C. RS índio : cartografias sobre a produção do conhecimento. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2009. 300 p.
https://pt.wikipedia.org(Acesso em julho de 2016)
http://floradobrasil.jbrj.gov.br (Acesso em julho de 2016)
http://www.ufrgs.br (Acesso em julho de 2016)
http://www.atlassocioeconomico.rs.gov.br

Fonte: Rosseto, V.; Sampaio, T. M.; Oliveira, R.; Grala, K. O braquiquito. Disponível em: <http://arborizabage.wixsite.com/arborizacaourbana>

Espinilho - Vachellia caven

Nome popular: Espinilho

Nome científico: Vachellia caven

Família: Fabaceae


Olá linda árvore. Que nome os cientistas te deram? E como és conhecida nesta querência?
Meu nome é Vachellia caven, sou da família das Fabáceas. Por aqui sou conhecida como espinilho.

Tu és daqui ou de longe? E quais são os teus domínios?
Sou natural da América do Sul. Meus domínios são a Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai. No Brasil sou encontrada naturalmente no Mato Grosso do Sul, mas principalmente no Rio Grande do Sul, nos Pampas tchê.

Em que tipo de ambiente tu gostas de viver?
Eu gosto de clima subtropical.

Estás crescendo. Até que tamanho tu podes atingir?
Eu tenho porte médio e posso atingir até 7 metros de altura.

E como são tuas flores e frutos?
Minhas flores são como pequenos pompons amarelos, enchendo o inverno com seu perfume. Meus frutos são cápsulas duras e escuras quando maduros, com sementes também duras, de difícil germinação. Se quiserem produzir mudas de espinilho utilizem as minhas sementes

Como tuas folhas se comportam no outono?
Eu perco minhas folhas para economizar energia no frio. Mas não precisam me podar, porque depois minhas folhas crescerão novamente e não precisa varrer minhas folhas, porque elas viram adubo, alimentando nosso solo.

E falando sobre poda. Ela é necessária?
Em ambiente natural não precisamos de poda. Nas cidades as pessoas nos podam para que possamos conviver com a infinidade de coisas construídas pelo homem. Para a realização da poda é preciso ter autorização da Secretaria de Meio Ambiente de Bagé, para que os funcionários verifiquem se a poda é mesmo necessária. Uma poda inadequada pode me deixar muito feia e dodói, porque um galho mal cortado não cicatriza, ocasionando uma ferida exposta. Esta ferida é uma porta de entrada para umidade e organismos que me causam doenças, como fungos, cupins e outros. Além disso, os rebrotos que se formam após a poda se quebram facilmente, pois não tem ligação com o “esqueleto” da árvore. Por favor, cuidem de nós com carinho e respeito!

Tu és muito boa para o homem, mas muitas vezes o ser humano não é bom contigo. Que partes tuas são usadas pelo homem e quais os usos?
Como sou muito bela, sou utilizada no paisagismo. Contudo, como sou tenho muitos espinhos não é recomendado meu plantio em calçadas. A minha madeira é muito resistente e durável, usada para fazer moirões, dormentes, carvão. Minhas flores têm sido usadas na perfumaria e como inseticidas. Já as minhas raízes, folhas e casca tem aplicação medicinal.

Existe alguma curiosidade sobre o espinilho que queiras dizer para nós? Vamos, conte teus segredos...
Você sabia que aqui no Rio Grande do Sul existe um parque chamado de Parque Estadual do Espinilho? O Parque fica em Barra do Quaraí, município no extremo sudoeste do Brasil, e faz fronteira com Argentina e Uruguai. A fisionomia deste local é única no Brasil, sendo chamada de estepe parque, caracterizada pela vegetação de campo associada com algumas espécies arbóreas. Além da ilustre presença da minha espécie há outras espécies arbóreas, como algarrobo, inhanduvai, quebracho-blanco, cina-cina, entre outras. Além disso, há muitos animais, como cervos, graxains, lontras, capinchos, e aves, muitas delas restritas apenas a esta região, como o cardeal amarelo. No parque também há formigueiros gigantes. Infelizmente o parque não é aberto à visitação, apenas os homens da ciência, curiosos por desvendar os segredos da natureza, podem conhecer o local.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
FRANCO, E. T. H.; FELTRIN, I. J. Quebra de dormência de sementes de espinilho (Acacia caven Mol.). Ciência Rural, v. 24, n.2, p. 303-305. 1994.
LORENZI, H. Árvores Brasileiras. Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas do Brasil. 2ª edição. Nova Odessa, SP: Editora Plantarum, 368 p.1998.
https://pt.wikipedia.org(Acesso em julho de 2016)
https://es.wikipedia.org(Acesso em julho de 2016)
http://floradobrasil.jbrj.gov.br (Acesso em julho de 2016)
http://www.ufrgs.br (Acesso em julho de 2016)
http://www.jb.fzb.rs.gov.br(Acesso em julho de 2016)

Fonte: Rosseto, V.; Sampaio, T. M.; Oliveira, R.; Grala, K. O braquiquito. Disponível em: <http://arborizabage.wixsite.com/arborizacaourbana>

Cipreste-do-himalaia - Cupressus torulosa

Nome popular: Cipreste-do-himalaia

Nome científico: Cupressus torulosa

Família: Cupressaceae


Olá linda árvore. Que nome os cientistas te deram? E como és conhecida nesta querência?
Meu nome é Cupressus torulosa, sou da família das Cupressáceas. Por aqui sou conhecida como cipreste-do-himalaia.

Tu és daqui ou de longe? E quais são os teus domínios?
Sou natural da Ásia Central, na região do Himalaia. Meus domínios são o Butão, China, Índia e Nepal.

Em que tipo de ambiente tu gostas de viver?
Eu vivo principalmente em clima temperado. Eu gosto de locais frios no inverno, como o daqui de Bagé.

Estás crescendo. Até que tamanho tu podes atingir?
Eu fico cresço rápido e fico bem alta, posso atingir até 50 metros de altura. Minha copa é em forma de pirâmide ou colunar. De jeito nenhum vocês devem podar a parte superior da minha copa, porque se assim o fizerem vão descaracterizar a forma dela. Por isso, não devo ser plantada abaixo da fiação elétrica. Como cresço bastante devo ser plantadas apenas em praças e pátios com bastante espaço.

E como são tuas flores e frutos?
Sou do grupo das coníferas, espécies de árvores que dentre as várias características produzem frutos em forma de cone, como pinheiros, sequóias e outras espécies. No meu caso, esta estrutura é mais arredondada, formando bolinhas duras e marrons, que parecem enfeites de Natal. Se quiserem produzir mudas de cipreste utilizem as minhas sementes, ou por estacas das pontas de meus ramos.

A poda é necessária para as árvores urbanas?
Em ambiente natural não precisamos de poda. Nas cidades as pessoas nos podam para que possamos conviver com a infinidade de coisas construídas pelo homem. Para a realização da poda é preciso ter autorização da Secretaria de Meio Ambiente de Bagé, para que os funcionários verifiquem se a poda é mesmo necessária. Uma poda inadequada pode me deixar muito feia e dodói, porque um galho mal cortado não cicatriza, ocasionando uma ferida exposta. Esta ferida é uma porta de entrada para umidade e organismos que me causam doenças, como fungos, cupins e outros. Além disso, os rebrotos que se formam após a poda se quebram facilmente, pois não tem ligação com o “esqueleto” da árvore. Por favor, cuidem de nós com carinho e respeito!

Tu és muito boa para o homem, mas muitas vezes o ser humano não é bom contigo. Que partes tuas são usadas pelo homem e quais os usos?
Como sou muito bela, sou utilizada no paisagismo. Na minha região de origem tenho sido usada para construção de templos e para fazer carvão usado em cerimônias religiosas. A minha madeira é bem durável.

Existe alguma curiosidade sobre o cipreste que queiras dizer para nós? Vamos, conte teus segredos...
Eu estou presente junto à civilização humana há milênios, contribuindo com a ligação entre o homem e a sabedoria. Um exemplo é disso é um conto antigo de uma religião do oriente chamada budismo:
Um monge perguntou ao mestre: “Qual o significado da Verdade?“. O mestre apontou e disse: “O cipreste no jardim.”
O monge ficou irritado, e disse: “Não, não! Não fale difícil! Quero uma explicação intelectual clara do que quer dizer!“
“Então eu não vou usar palavras difíceis, e serei intelectualmente claro,” disse o mestre. O monge esperou um pouco, e vendo que o mestre não iria continuar fez a mesma pergunta: “Então? Qual o significado da Verdade? ”O mestre apontou e disse: “O cipreste no jardim”.
Quando vocês valorizam coisas simples e fundamentais, como o sorriso de uma criança, olhar o Sol agradecendo pela Sua existência, ou observar uma árvore, seus corações se enchem de amor não apenas pela humanidade, mas por tudo que é vivo. Neste estágio, vocês são capazes de entrar em comunhão, como todos os seres, como uma árvore, por exemplo, e perceber que todos carregam a Verdade dentro de si, e que para chegarmos a Ela devemos seguir juntos, nesta grande teia que se chama Vida.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
CASAGRANDE, V.; ROMAHN, V. 101 Belas Árvores. Biblioteca Natureza. Editora Europa. 129 p. 2008.
LORENZI, H.; SOUZA, H.M. DE; TORRES, M.A.V.; BACHER, L.B. Árvores Exóticas No Brasil, Madeiras, Ornamentais e Aromáticas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 384 p. 2003.
REVISTA NATUREZA. Árvores Ornamentais. Editora Europa. 82 p. 1997.
https://pt.wikipedia.org(Acesso em julho de 2016)
http://www.iucnredlist.org(Acesso em julho de 2016)
https://aoikuwan.com(Acesso em julho de 2016)
http://estejaquieagora.blogspot.com.br(Acesso em julho de 2016)

Fonte: Rosseto, V.; Sampaio, T. M.; Oliveira, R.; Grala, K. O braquiquito. Disponível em: <http://arborizabage.wixsite.com/arborizacaourbana>

Canafístula - Peltophorum dubium

Nome popular: Canafístula

Nome científico: Peltophorum dubium

Família: Fabaceae


Olá linda árvore. Que nome os cientistas te deram? E como és conhecida nesta querência?
Meu nome é Peltophorum dubium, sou da família das Fabáceas. Por aqui sou conhecida como canafístula, angico-amarelo ou faveira.

Tu és daqui ou de longe? E quais são os teus domínios?
Sou natural da América do Sul, ocorrendo na Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. No Brasil estou presente nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul.

Em que tipo de ambiente tu gostas de viver?
Eu gosto principalmente de clima tropical, mas posso viver em clima subtropical. Não sou nativa do Pampa, mas já me adaptei muito bem a região de Bagé tchê.

Estás crescendo. Até que tamanho tu podes atingir?
Eu cresço rápido e fico bem alta, posso atingir de 20 a 25 metros de altura. Como tenho porte grande, devo ser plantada em calçadas largas – acima de 3,6 m – e pátios com bastante espaço.

E como são tuas flores e frutos?
Minhas flores surgem em espigas no verão, amarelas, perfumadas e vistosas. Os meus frutos amadurecem no outono, e são frutos secos em forma de lança, que contém de uma a duas sementes. O vento auxilia na dispersão das minhas filhinhas. Se quiserem produzir mudas de canafístula utilizem as minhas sementes.

Como tuas folhas se comportam no outono?
Eu perco minhas folhas para economizar energia no frio. Mas não precisam me podar, porque depois minhas folhas crescerão novamente e não precisa varrer minhas folhas, porque elas viram adubo, alimentando nosso solo. 

E falando sobre poda. Ela é necessária?
Em ambiente natural não precisamos de poda. Nas cidades as pessoas nos podam para que possamos conviver com a infinidade de coisas construídas pelo homem. Para a realização da poda é preciso ter autorização da Secretaria de Meio Ambiente de Bagé, para que os funcionários verifiquem se a poda é mesmo necessária. Uma poda inadequada pode me deixar muito feia e dodói, porque um galho mal cortado não cicatriza, ocasionando uma ferida exposta. Esta ferida é uma porta de entrada para umidade e organismos que me causam doenças, como fungos, cupins e outros. Além disso, os rebrotos que se formam após a poda se quebram facilmente, pois não tem ligação com o “esqueleto” da árvore. Por favor, cuidem de nós com carinho e respeito!

Tu és muito boa para o homem, mas muitas vezes o ser humano não é bom contigo. Que partes tuas são usadas pelo homem e quais os usos?
Sou muito bela, no verão o verde das minhas folhas contrasta com o amarelo das minhas flores, e conforme minhas flores caem, formam um tapete amarelo encantador. Além disso, minha boa sombra ameniza o calorão que faz em Bagé no verão. Pela minha beleza sou muito requisitada no paisagismo. A minha madeira é rosada, com boa durabilidade, sendo utilizada na construção civil e marcenaria.

Existe alguma curiosidade sobre a canafístula que queiras dizer para nós? Vamos, conte teus segredos...
Você sabia que a canafístula é conhecida por nossos hermanos uruguaios como árvore de Artigas ou Ibirapitá? José Artigas foi um político e militar, considerado herói nacional no Uruguai. Após participar de várias guerras, inclusive com o Brasil, Artigas se exilou no Paraguai, na cidade de Ibiray. Acredita-se que a árvore, que vivia no pátio da morada de Artigas, acompanhou os últimos dias do exilado. Posteriormente, os uruguaios levaram rebrotos da mesma, do Paraguai para o Uruguai, homenageando a árvore que proporcionou companhia ao herói nacional. Ela foi inclusive considerada Patrimônio Histórico Nacional. Que tal valorizarmos nossas árvores assim também na Rainha da Fronteira?

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
LORENZI, H. Árvores Brasileiras. Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas do Brasil. 2ª edição. Nova Odessa, SP: Editora Plantarum, 368 p.1998. https://pt.wikipedia.org(Acesso em junho de 2016)
http://floradobrasil.jbrj.gov.br (Acesso em junho de 2016)
http://www.ufrgs.br (Acesso em junho de 2016)
http://www.jardineiro.net(Acesso em junho de 2016)

Fonte: Rosseto, V.; Sampaio, T. M.; Oliveira, R.; Grala, K. O braquiquito. Disponível em: <http://arborizabage.wixsite.com/arborizacaourbana>

Aroeira-vermelha, aroeira-pimenteira - Schinus terebinthifolia

Nome popular: Aroeira-vermelha, aroeira-pimenteira

Nome científico: Schinus terebinthifolia 
Família: Anacardiaceae


Olá linda árvore. Que nome os cientistas te deram? E como és conhecida nesta querência?
Meu nome é Schinus terebinthifolia, sou da família das Anacardiáceas. Por aqui sou conhecida como aroeira vermelha, aroeira pimenteira ou aroeira-mansa.

Tu és daqui ou de longe? E quais são os teus domínios?
Sou natural da América do Sul, ocorrendo na Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela. No Brasil, sou encontrada naturalmente desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul. Gosto de viver no Cerrado, na Mata Atlântica e no Pampa tchê.

Em que tipo de ambiente tu gostas de viver?
Eu gosto principalmente de clima tropical e subtropical. Também sou uma árvore bem resistente - como o gaúcho da campanha - eu resisto a variações de temperatura e pouca água. Eu cresço em vários tipos de solos, como os secos e pobres. Vivo também em solos úmidos, e posso até tolerar solos encharcados.

Estás crescendo. Até que tamanho tu podes atingir?
Eu tenho porte médio e posso atingir até 8 metros de altura.

E como são tuas flores e frutos?
Minhas flores são pequenas, numerosas em cachos, de cor amarelo-pálida, melíferas, alegrando as abelhas no verão. Meus frutos ficam maduros de abril a junho, e são como pequenas bolinhas de cor rosa - avermelhada intensa quando maduros, sendo muito apreciadas pelas aves. Se quiserem produzir mudas de aroeira-vermelha utilizem as minhas sementes.

Tu és muito boa para o homem, mas muitas vezes o ser humano não é bom contigo. Que partes tuas são usadas pelo homem e quais os usos?
Embora me chame aroeira, não devo ser confundida com as aroeiras bravas ou aroeiras brancas que causam problemas alérgicos. Como sou muito bela, com minha copa larga e densa, decorada com meus frutinhos rosa - avermelhados, sou utilizada no paisagismo. A minha casca é rica em tanino, sendo utilizada no curtimento de couros e no fortalecimento de redes de pesca. Além disso, minha madeira é muito resistente, durável, utilizada na construção de moirões.

A poda é necessária para as árvores urbanas?
Em ambiente natural não precisamos de poda. Nas cidades as pessoas nos podam para que possamos conviver com a infinidade de coisas construídas pelo homem. Para a realização da poda é preciso ter autorização da Secretaria de Meio Ambiente de Bagé, para que os funcionários verifiquem se a poda é mesmo necessária. Uma poda inadequada pode me deixar muito feia e dodói, porque um galho mal cortado não cicatriza, ocasionando uma ferida exposta. Esta ferida é uma porta de entrada para umidade e organismos que me causam doenças, como fungos, cupins e outros. Além disso, os rebrotos que se formam após a poda se quebram facilmente, pois não tem ligação com o “esqueleto” da árvore. Por favor, cuidem de nós com carinho e respeito!

Existe alguma curiosidade sobre a aroeira-vermelha que queiras dizer para nós? Vamos, conte teus segredos...
Vocês sabiam que meus frutos são chamados de pimenta-rosa? Apesar de serem chamados de pimenta, meus frutos não tem parentesco com a pimenta-do-reino, e nem são ardidos. O sabor dos meus frutos está mais para adocicado do que para picante. A pimenta-rosa pode ser usada para condimentar pratos doces e salgados e é famosa fora do Brasil, sendo muito apreciado na culinária francesa. Muitas vezes nós, árvores brasileiras, somos mais valorizadas fora do país do que na nossa própria pátria. Tenham mais respeito pelas árvores que reforçam o verde da nossa bandeira nacional.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
LORENZI, H. Árvores Brasileiras. Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas do Brasil. 2ª edição. Nova Odessa, SP: Editora Plantarum, 368 p.1998.
http://floradobrasil.jbrj.gov.br(Acesso em junho de 2016)
http://frutaspoa.inga.org.br(Acesso em junho de 2016)
http://asacolabrasileira.com.br(Acesso em junho de 2016)

Fonte: Rosseto, V.; Sampaio, T. M.; Oliveira, R.; Grala, K. O braquiquito. Disponível em: <http://arborizabage.wixsite.com/arborizacaourbana>
 

Cacto-rosa, Ora-pro-nobis - Pereskia grandifolia

Nome popular: Cacto-rosa, Ora-pro-nobis

Nome científico: Pereskia grandifolia

Família: Cactaceae


Olá linda árvore. Que nome os cientistas te deram? E como és conhecida nesta querência?
Meu nome é Pereskia grandifolia, sou da família das Cactáceas. Por aqui sou conhecida como cacto-rosa, ora-pro-nobis arbóreo, rosa-madeira.

Tu és daqui ou de longe? E quais são os teus domínios?
Sou natural da América do Sul. No Brasil estou presente naturalmente nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul, com exceção do Rio Grande do Sul. Não sou nativa do Pampa, mas já me adaptei muito bem a região de Bagé tchê.

Em que tipo de ambiente tu gostas de viver?
Eu gosto de clima tropical e subtropical. Sou resistente à seca e tolero baixas temperaturas, até – 5°C.

Estás crescendo. Até que tamanho tu podes atingir?
Eu tenho porte médio e posso atingir até 10 metros de altura. Como tenho muitos espinhos no caule meu plantio é inadequado para calçadas. Mas em muitas casas, sou usada como cerca-viva.

E como são tuas flores e frutos?
Eu tenho belas flores, grandes e rosas. Meus frutos possuem a forma semelhante aos figos, e ficam amarelados quando maduros. A forma mais adequada de produzir mudas de mim é através de estacas dos ramos jovens.

Como tuas folhas se comportam no outono?
Eu perco todas minhas folhas para economizar energia no frio. Mas não precisam me podar, porque depois minhas folhas crescerão novamente e eu voltarei a ficar exuberante. Também não precisa varrer minhas folhas, porque elas ficam muito belas quando caem no chão, além do que as folhas viram adubo, alimentando nosso solo.

E falando sobre poda. Ela é necessária?
Em ambiente natural não precisamos de poda. Nas cidades as pessoas nos podam para que possamos conviver com a infinidade de coisas construídas pelo homem. Para a realização da poda é preciso ter autorização da Secretaria de Meio Ambiente de Bagé, para que os funcionários verifiquem se a poda é mesmo necessária. Uma poda inadequada pode me deixar muito feia e dodói, porque um galho mal cortado não cicatriza, ocasionando uma ferida exposta. Esta ferida é uma porta de entrada para umidade e organismos que me causam doenças, como fungos, cupins e outros. Além disso, os rebrotos que se formam após a poda se quebram facilmente, pois não tem ligação com o “esqueleto” da árvore. Por favor, cuidem de nós com carinho e respeito!

Tu és muito boa para o homem, mas muitas vezes o ser humano não é bom contigo. Que partes tuas são usadas pelo homem e quais os usos?
Sou utilizada no paisagismo, pois sou bem bonita. Além disso, tenho potencial medicinal. Vocês sabiam que minhas folhas e frutos são comestíveis? As minhas folhas são as mais consumidas, refogadas, em forma de saladas, omeletes, cozidos, tortas, entre outros.

Existe alguma curiosidade sobre o cacto-rosa que queiras dizer para nós? Vamos, conte teus segredos...
Assim como eu, a Tuna, também é um cacto arbóreo. Ela é um dos símbolos do Pampa, sendo muito resistente, imponente e ao mesmo tempo delicada, quando está com suas belas flores. A música abaixo foi feita para ela, mas poderia ser aplicada também para mim, pois tenho formosas flores além dos espinhos:

Flor da Tuna
Edilberto Teixeira

Com suas lanças de ouriço
a tuna defende a flor
nem a abelha nem o beija flor
assim no mais chegam nela
Nem tão pouco o marimbondo
arrisca a lanhar o lombo
na busca do beijo dela
Só vento se espinha todo
só de beijar quando passa
nas lanças chora a desgraça
do seu cruel desamor
então givelis suspensa

ela ri da indiferença
de quem não gosta de flor
Ela é a triste flor de um dia
que se quer mais não se alcança
quem de nós se distancia com os
espinhos na lembrança
Mimosa flor que se esconde
entre os espinhos da tuna
desta trincheira se arruma
que nem mulher vaidosa
pois tem igual matrerisse
para colher tão dificil
para beijar tão custosa
Quando chega a primavera
meu rancho fica mais lindo
quando essa flor vai se abrindo
no labirinto das lanças
lembrando que tem nessa vida
a flor da magoa sentida que
desabrocha a esperança.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
LORENZI, H. Árvores Brasileiras. Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas do Brasil. 2ª edição. Nova Odessa, SP: Editora Plantarum, 368 p.1998. https://pt.wikipedia.org(Acesso em junho de 2016)
http://floradobrasil.jbrj.gov.br (Acesso em julho de 2016)
http://www.colecionandofrutas.org (Acesso em julho de 2016)
http://www.aplantadavez.com.br (Acesso em julho de 2016)
http://come-se.blogspot.com.br (Acesso em julho de 2016)
https://www.letras.mus.br

Fonte: Rosseto, V.; Sampaio, T. M.; Oliveira, R.; Grala, K. O braquiquito. Disponível em: <http://arborizabage.wixsite.com/arborizacaourbana>

Álamo-prateado - Populus alba

Nome popular: Álamo-prateado
Nome científico: Populus alba
Família: Salicaceae

Olá linda árvore. Que nome os cientistas te deram? E como és conhecida nesta querência?
Meu nome é Populus alba, sou da família das Salicáceas. Por aqui sou conhecida como álamo-prateado, álamo-branco ou choupo-branco.

Tu és daqui ou de longe? E quais são os teus domínios?
Sou natural da Europa, Ásia e norte da África, mas a minha espécie já se adaptou a viver no Brasil, principalmente na região Sul.

Em que tipo de ambiente tu gostas de viver?
Eu tolero bem locais frios no inverno, como o daqui de Bagé. Também me desenvolvo em vários tipos de solo, mesmo os mais ácidos.

Estás crescendo. Até que tamanho tu podes atingir?
Eu cresço bem rápido e fico bem alta, posso atingir de 16 a 27 metros de altura. Por isso, não sou adequada para ser plantada na maioria das calçadas da nossa cidade.

E como são tuas flores e frutos?
Eu produzo flores em cachos pendentes. Meus frutos quando se abrem, o vento se encarrega de levar as sementes pelo mundo, em busca de novos ambientes.

Como tuas folhas se comportam no outono?
Eu perco todas minhas folhas para economizar energia no frio. Mas não precisam me podar, porque depois minhas folhas crescerão novamente e eu voltarei a ficar exuberante. Também não precisa varrer minhas folhas, porque elas ficam muito belas quando caem no chão, além do que as folhas viram adubo, alimentando nosso solo.

E falando sobre poda. Ela é necessária?
Em ambiente natural não precisamos de poda. Nas cidades as pessoas nos podam para que possamos conviver com a infinidade de coisas construídas pelo homem. Para a realização da poda é preciso ter autorização da Secretaria de Meio Ambiente de Bagé, para que os funcionários verifiquem se a poda é mesmo necessária. Uma poda inadequada pode me deixar muito feia e dodói, porque um galho mal cortado não cicatriza, ocasionando uma ferida exposta. Esta ferida é uma porta de entrada para umidade e organismos que me causam doenças, como fungos, cupins e outros. Além disso, os rebrotos que se formam após a poda se quebram facilmente, pois não tem ligação com o “esqueleto” da árvore. Por favor, cuidem de nós com carinho e respeito!

Tu és muito boa para o homem, mas muitas vezes o ser humano não é bom contigo. Que partes tuas são usadas pelo homem e quais os usos?
Como sou muito bela, sou utilizada no paisagismo de grandes áreas. Minhas folhas são muito admiradas, na parte superior são verdes e na parte inferior são branco-acinzentadas. Quando o vento sopra é como se eu brilhasse como uma pedra preciosa e sussurrasse os segredos da natureza em seus ouvidos. Assim como meu primo álamo, se vocês quiserem produzir mudas, eu me reproduzo por estacas, isto é, partes de mim como galhos, podem formar outras plantas iguais a mim.

Existe alguma curiosidade sobre o álamo prateado que queiras dizer para nós? Vamos, conte teus segredos...
Vocês sabiam que a palavra alameda significa conjunto de álamos? O povo celta, que vivia há muito tempo atrás na Europa, considerava as árvores seres tão sagrados que criaram um alfabeto com base nas árvores. A minha espécie, álamo branco, faz parte deste alfabeto. O templo sagrado dos celtas eram os bosques. Os guerreiros celtas utilizavam a madeira do álamo na confecção dos escudos, pois acreditava-se que protegiam das mortes nas batalhas.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
CASAGRANDE, V.; ROMAHN, V. 101 Belas Árvores. Biblioteca Natureza. Editora Europa. 129 p. 2008.
LORENZI, H.; SOUZA, H.M. DE; TORRES, M.A.V. ; BACHER, L.B. Árvores Exóticas No Brasil, Madeiras, Ornamentais e Aromáticas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 384 p. 2003.
REVISTA NATUREZA. Árvores Ornamentais. Editora Europa. 82 p. 1997.
http://www.jardiland.pt (Acesso em junho de 2016)
https://pt.wikipedia.org (Acesso junho de 2016)
http://druidadovento.blogspot.com.br (Acesso junho de 2016)
http://www.templodeavalon.com (Acesso junho de 2016)
http://valedomago.blogspot.com.br(Acesso junho de 2016)

Fonte: Rosseto, V.; Sampaio, T. M.; Oliveira, R.; Grala, K. O braquiquito. Disponível em: <http://arborizabage.wixsite.com/arborizacaourbana>

Tipuana - Tipuana tipu

Nome popular: Tipurana
Nome científico: Tipuana tipu
Família: Fabaceae

Olá linda árvore. Que nome os cientistas te deram? E como és conhecida nesta querência?
Meu nome é Tipuana tipu, sou da família das Fabáceas. Por aqui sou conhecida como tipuana ou amendoim-acácia.

Tu és daqui ou de longe? E quais são os teus domínios?
Sou natural da América do Sul. Meus domínios são a Argentina e a Bolívia. Minha espécie já se adaptou ao Brasil, principalmente a região Sudeste e Sul.

Em que tipo de ambiente tu gostas de viver?
Eu gosto de clima tropical e subtropical.

Estás crescendo. Até que tamanho tu podes atingir?
Eu cresço rápido, tenho porte grande e posso atingir mais de 15 metros de altura. Minha copa é arredondada, ampla e densa.

E como são tuas flores e frutos?
Minhas flores surgem em cachos, graciosas, amareladas, colorindo a primavera. Meus frutos são duros, achatados em forma de asas, escuros quando maduros. Minhas sementes são esbranquiçadas e não se separam do fruto. Se quiserem produzir mudas de tipuana utilizem as minhas sementes.

Como tuas folhas se comportam no outono?
Eu perco parte de minhas folhas para economizar energia no frio. Mas não precisam me podar, porque depois minhas folhas crescerão novamente e não precisa varrer minhas folhas, porque elas viram adubo, alimentando nosso solo.

E falando sobre poda. Ela é necessária?
Em ambiente natural não precisamos de poda. Nas cidades as pessoas nos podam para que possamos conviver com a infinidade de coisas construídas pelo homem. Para a realização da poda é preciso ter autorização da Secretaria de Meio Ambiente de Bagé, para que os funcionários verifiquem se a poda é mesmo necessária. Uma poda inadequada pode me deixar muito feia e dodói, porque um galho mal cortado não cicatriza, ocasionando uma ferida exposta. Esta ferida é uma porta de entrada para umidade e organismos que me causam doenças, como fungos, cupins e outros. Além disso, os rebrotos que se formam após a poda se quebram facilmente, pois não tem ligação com o “esqueleto” da árvore. Por favor, cuidem de nós com carinho e respeito!

Tu és muito boa para o homem, mas muitas vezes o ser humano não é bom contigo. Que partes tuas são usadas pelo homem e quais os usos?
Como sou muito bela, sou utilizada no paisagismo. Minha floração é muito linda, quando as pétalas caem, formam um tapete dourado. Minha madeira é indicada para caixotaria leve, batentes e outros usos em obras internas. Contudo, minha madeira é pouco resistente ao apodrecimento e aos cupins.

Existe alguma curiosidade sobre a tipuana que queiras dizer para nós? Vamos, conte teus segredos...
Sabia que a defesa contra o corte de uma tipuana foi um marco do inicio do movimento ambientalista no Brasil? Em 1975, em Porto Alegre, funcionários da prefeitura estavam cortando várias árvores para a construção de um viaduto. Um jovem universitário, Carlos Alberto Dayrell, inconformado com o ocorrido, subiu em cima da próxima árvore que ia ser cortada, uma tipuana. A partir daí começaram a se agrupar pessoas no local, e entre os curiosos havia muita gente que apoiava a iniciativa do rapaz. Tudo começou de manhã e por volta das 14 h já havia mais de 500 pessoas no local.  Entre as pessoas estava José Lutzenberger (1926-2002), grande ambientalista brasileiro. Dayrell, Lutzenberger e outros manifestantes negociaram com a prefeitura e garantiram que a tipuana não fosse cortada. Ela está de pé até hoje, sã e salva. Quarenta e um anos depois, será que esta história não inspira vocês a agirem em defesa das árvores aqui na Rainha da Fronteira? Acreditem, a atitude de vocês faz a diferença em prol de um mundo melhor.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
CASAGRANDE, V.; ROMAHN, V. 101 Belas Árvores. Biblioteca Natureza. Editora Europa. 129 p. 2008.
LORENZI, H.; SOUZA, H.M. DE; TORRES, M.A.V. ; BACHER, L.B. Árvores Exóticas No Brasil, Madeiras, Ornamentais e Aromáticas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 384 p. 2003.
REVISTA NATUREZA. Árvores Ornamentais. Editora Europa. 82 p. 1997.
https://pt.wikipedia.org (Acesso em julho de 2016)
http://www.umpedeque.com.br (Acesso em julho de 2016)
http://outraspalavras.net (Acesso em julho de 2016)

Fonte: Rosseto, V.; Sampaio, T. M.; Oliveira, R.; Grala, K. O braquiquito. Disponível em: <http://arborizabage.wixsite.com/arborizacaourbana>

Plátano - Platanus occidentalis

Nome popular:  Plátano

Nome científico: Platanus occidentalis
Família: Platanáceas (Platanaceae)

Origem: Estados do Maine ao Minnesota, Flórida e Texas, nos EUA.
Clima ideal: Temperado frio. Tem tolerância a climas temperados quentes e até subtropical de altitude
Folhas: caducas
Reprodução: por estacas ou alporquia
Porte:
varia de 30 a 50 metros de altura

Devido ao seu porte que varia de 30 a 50 metros, e ao sistema radicular agressivo, o cultivo desta árvore é restrito a grandes áreas. A copa piramidal produz um grande efeito ornamental no outono, quando suas folhas ficam amarelo-douradas. Ainda em função de seu porte e ampla copa, é bastante utilizada para criar sombra.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
http://www.fazfacil.com.br (Acesso em julho de 2016)
http://www.floradaspalmeiras.com.br (Acesso em julho de 2016)
https://pt.wikipedia.org (Acesso em julho de 2016)
http://www.paisagismodigital.com (Acesso em julho de 2016)
http://www.florestar.net (Acesso em julho de 2016)
http://www.floresefolhagens.com.br (Acesso em julho de 2016)
www.esalq.usp.br (Acesso em julho de 2016)

Fonte: Rosseto, V.; Sampaio, T. M.; Oliveira, R.; Grala, K. O braquiquito. Disponível em: <http://arborizabage.wixsite.com/arborizacaourbana>

Pitangueira - Eugenia uniflora

Nome Popular: Pitangueira
Nome científico: Eugenia uniflora
Família: Myrtaceae

Origem: Sul e sudeste do Brasil
Clima ideal: Subtropical. Suporta temperaturas mais quentes dos trópicos. Vai bem no litoral
Floração: entre o final do inverno e início da primavera
Frutificação: entre o final do inverno e início da primavera
Folhas: semicaducas
Reprodução: por sementes
Porte: até 12 metros de altura

Árvore de pequeno a médio porte, de textura fina e frutos saborosos, apreciado em várias regiões do Brasil, muito atrativos também para a avifauna. Como seus frutos são muito delicados e de difícil armazenamento, esta árvore frutífera costuma ser cultivada em jardins e pomares domésticos para o consumo dos frutos, que pode ser ao natural ou em sucos. Tem aroma agradável e facilidade de enraizamento.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
http://www.fazfacil.com.br (Acesso em julho de 2016)
http://www.floradaspalmeiras.com.br (Acesso em julho de 2016)
https://pt.wikipedia.org (Acesso em julho de 2016)
http://www.paisagismodigital.com (Acesso em julho de 2016)
http://www.florestar.net (Acesso em julho de 2016)
http://www.floresefolhagens.com.br (Acesso em julho de 2016)
www.esalq.usp.br (Acesso em julho de 2016)

Fonte: Rosseto, V.; Sampaio, T. M.; Oliveira, R.; Grala, K. O braquiquito. Disponível em: <http://arborizabage.wixsite.com/arborizacaourbana>

Pinheiro-calvo Taxodium distichum

Nome popular: cipreste-de-luisiânia, cipreste-do-brejo, cipreste-calvo
Nome científico: Taxodium distichum
Família: Taxodiaceae

Origem: Estados Unidos
Clima ideal: Sub tropical e tropical de altitude
Floração: primavera
Frutificação: final do verão
Folhas: caducas
Reprodução: por sementes
Porte: até 40 metros de altura

Árvore de grande porte. Por ser muito ornamental, é cultivado em parques, praças e jardins, servindo também para fixar o solo nos barrancos dos rios e para o revestimento de terrenos brejosos ou pantanosos. Quanto à longevidade, atribuem-lhe a média de 3.000 anos. É uma das espécies de Cipreste essencialmente medicinal, pois, sua madeira exsuda uma resina (terebentina), muito usada na cura das dores das articulações. As cascas são diuréticas, servindo também para curtume. Quando cresce na água, muitas vezes desenvolve pneumatóforos nas raízes, “joelhos” que se projetam acima da superfície da água ao redor da árvore. Suas raízes poderosas funcionam como uma verdadeira bomba de alta vazão, fazendo a seiva circular com facilidade ao longo de toda a árvore, também podem ajudar a ancorar a árvore, em um meio em que lhe falta outro apoio (solo de brejo). O Pinheiro-do-brejo pode ajudar a regular inundações. 

A madeira é muito valorizada pela sua resistência à água, ganhou assim o apelido de "madeira eterna“.  Madeiras fossilizadas com milhares de anos ainda são utilizáveis. As folhas são em forma de agulhas longas e planas em duas fileiras, na primavera e verão as folhas são delicadas e verde claro. No outono mudam de cor, começando do amarelado e indo até o marrom, em seguida caem. A árvore rebrota na primavera, tornando-se novamente verde.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
http://www.fazfacil.com.br (Acesso em julho de 2016)
http://www.floradaspalmeiras.com.br (Acesso em julho de 2016)
https://pt.wikipedia.org (Acesso em julho de 2016)
http://www.paisagismodigital.com (Acesso em julho de 2016)
http://www.florestar.net (Acesso em julho de 2016)
http://www.floresefolhagens.com.br (Acesso em julho de 2016)
www.esalq.usp.br (Acesso em julho de 2016)

Fonte: Rosseto, V.; Sampaio, T. M.; Oliveira, R.; Grala, K. O braquiquito. Disponível em: <http://arborizabage.wixsite.com/arborizacaourbana>

Palmeira-fênix - Phoenix canariensis

Nome popular: Plameira-fênix, Palmeira-das-canárias 
Nome científico: Phoenix canariensis
Família: Arecaceae

Origem: Ilhas das Canárias
Clima ideal: Temperado, subtropical, tropical, equatorial, oceânico, mediterrâneo
Floração: primavera - verão
Frutificação: verão. As plantas femininas produzem frutos mesmo na ausência de espécies masculinos.
Folhas: perenes
Reprodução: por sementes
Porte: até 15 metros de altura

Amplamente divulgada nas zonas temperadas de ambos os hemisférios como planta ornamental, com um espique (caule das palmeiras) dotado de grande robustez e flexibilidade que atinge de 70 a 90 cm de diâmetro. A polpa do fruto é comestível, embora demasiado fina e pouco açucarada para constituir um fruto interessante para consumo humano, mas é muito apreciado pelos pássaros. É uma planta extremamente resistente ao vento, balouçando fortemente sem partir devido à flexibilidade do seu espique (o caule das palmeiras). Resiste bem à salinidade do ar e da chuva, pelo que pode ser utilizada em zonas ventosas da beira-mar.
Na Ilha de La Gomera (Espanha), os nativos fazem extração de mel da parte mais superficial do tronco desta palmeira, de forma semelhante àquela que os seringueiros fazem para extrair látex da seiva das seringueiras para que assim possam criar uma espécie de mel de palmeiras, que é uma delícia para quem já provou. Por sua imponência não é indicada para pequenos ou médios jardins residenciais.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
http://www.fazfacil.com.br (Acesso em julho de 2016)
http://www.floradaspalmeiras.com.br (Acesso em julho de 2016)
https://pt.wikipedia.org (Acesso em julho de 2016)
http://www.paisagismodigital.com (Acesso em julho de 2016)
http://www.florestar.net (Acesso em julho de 2016)
http://www.floresefolhagens.com.br (Acesso em julho de 2016)
www.esalq.usp.br (Acesso em julho de 2016)

Fonte: Rosseto, V.; Sampaio, T. M.; Oliveira, R.; Grala, K. O braquiquito. Disponível em: <http://arborizabage.wixsite.com/arborizacaourbana>

Palmeira-de-leque - Whashingtonia robusta


Nome popular: Palmeira-de-leque
Nome científico: Whashingtonia robusta
Família: Arecaceae  
 
Olá linda árvore. Que nome os cientistas te deram? E como és conhecida nesta querência?
Meu nome é Washingtonia robusta, sou da família das Arecáceas. Por aqui sou conhecida como palmeira-de-leque ou washingtônia. Muitas pessoas me chamam erroneamente de palmeira-imperial, mas saibam que é outra espécie (Roystonea oleracea).

Tu és daqui ou de longe? E quais são os teus domínios?
Sou natural da América do Norte. Meus domínios são o noroeste do México e o sudoeste dos Estados Unidos, na região desértica do sul da Califórnia, Arizona e Novo México.

Em que tipo de ambiente tu gostas de viver?
Eu gosto de clima tropica e subtropical. Possuo grande resistência à seca, posso suportar frio de até – 8°C e posso viver em solos pobres.

Estás crescendo. Até que tamanho tu podes atingir?
Eu tenho porte grande e posso atingir até 25 metros de altura. Como fico bem alta, não devo ser plantada em calçadas, somente em praças, parques e pátios com bastante espaço e longe de construções. Um dos aspectos que me diferencia da minha parente, a palmeira-de-saia (Washingtonia filifera), é que cresço mais rápido, tenho tronco mais fino e atinjo maior altura.

E como são tuas folhas, flores e frutos?
Minhas folhas são bem lindas e bem grandes, em forma de leque, de um verde-brilhante. Minhas flores surgem em grandes cachos, de cor branca ou bege. Meus frutos aparecem em cachos e são pequenos coquinhos de cor escura, quando maduros. Se quiserem produzir mudas de palmeira-de-leque utilizem as minhas sementes.

Tu és muito boa para o homem, mas muitas vezes o ser humano não é bom contigo. Que partes tuas são usadas pelo homem e quais os usos?
Como sou muito belíssima, sou utilizada amplamente no paisagismo no mundo todo. Posso viver mais de 200 anos e aguento muito bem ser transplantada, isto é, ser transferida de um local para o outro, desde que com os devidos cuidados para eu me adaptar ao novo local. Sou uma das árvores escolhidas quando se procura dar um efeito cenográfico rápido a um determinado local. Minhas folhas eram utilizadas antigamente pelos indígenas para construção de telhados de palha e para tecelagem. Os indígenas também consumiam os frutos frescos ou secos, e faziam uma farinha das sementes.

Existe alguma curiosidade sobre a palmeira-de-leque que queiras dizer para nós? Vamos, conte teus segredos...
Vocês sabiam que o nome do meu gênero Washingtonia foi dado em homenagem ao primeiro presidente dos Estados Unidos, George Washington (1732-1799)?
A minha espécie é a árvore símbolo de Hollywood, região da cidade de Los Angeles, na Califórnia, Estados Unidos. É em Hollywood que estão as maiores produtores de cinema dos Estados Unidos.
Nas regiões desérticas do México e dos Estados Unidos ainda há remanescentes de vegetação nativa daquela região. Entre elas estão a palmeira-de-leque e mais outras três espécies de palmeiras. Estima-se que ainda haja mais de 1.500.000 de palmeiras em 8.500 hectares. Nesses locais há verdadeiros oásis de palmeiras, que se desenvolvem em locais com maior umidade. Os oásis são refúgios da flora e da fauna e enriquecem a biodiversidade do deserto.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
CASAGRANDE, V.; ROMAHN, V. 101 Belas Árvores. Biblioteca Natureza. Editora Europa. 129 p. 2008.
LORENZI, H.; SOUZA, H.M. DE; TORRES, M.A.V. & BACHER, L.B. Árvores Exóticas No Brasil, Madeiras, Ornamentais e Aromáticas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 384 p. 2003.
REVISTA NATUREZA. Árvores Ornamentais. Editora Europa. 82 p. 1997.
https://pt.wikipedia.org (Acesso em julho de 2016)
http://www.jardimcor.com (Acesso em julho de 2016)
http://www.jornada.unam.mx (Acesso em julho de 2016)
http://www.photomazza.com (Acesso em julho de 2016)

Fonte: Rosseto, V.; Sampaio, T. M.; Oliveira, R.; Grala, K. O braquiquito. Disponível em: <http://arborizabage.wixsite.com/arborizacaourbana>

Paineira - Ceiba speciosa

Nome popular: Paineira
Nome científico: Ceiba speciosa
Família: Malvaceae

Olá linda árvore. Que nome os cientistas te deram? E como és conhecida nesta querência?
Meu nome é Ceiba speciosa, sou da família das Malváceas. Por aqui sou conhecida como paineira, paina-de-seda ou barriguda.

Tu és daqui ou de longe? E quais são os teus domínios?
Sou natural da América do Sul. Meus domínios são a Argentina, Brasil, Paraguai e Bolívia. No Brasil estou presente naturalmente nas regiões Sul, Sudeste e parte do Nordeste, Norte e Centro-Oeste. Não sou nativa do Pampa, mas já me adaptei muito bem a região de Bagé tchê.

Em que tipo de ambiente tu gostas de viver?
Eu gosto de clima tropical, mas consigo viver em clima subtropical.

Estás crescendo. Até que tamanho tu podes atingir?
Eu e cresço rápido e tenho porte grande e posso atingir até 30 metros de altura. Como tenho grande porte e possuo raízes superficiais que se desenvolvem bastante, não devo ser plantada em calçadas, apenas em pátios com bastante espaço e longe de construções.

E como são tuas flores e frutos?
Após perder todas as minhas bonitas folhas em forma de dedinhos, minhas belas flores surgem no verão e inicio do outono, me deixando majestosa. Minhas flores são lindas, são brancas ou amareladas no centro com pintas vermelhas, e na volta são rosadas. As abelhas, borboletas, pássaros e morcegos adoram as minhas flores. Meus frutos são grandes cápsulas, que quando se abrem, liberando as sementes, que podem voar pelo mundo, em busca de novos ambientes. Minhas sementes ficam envoltas na paina, fibras finas e brancas, como um algodão, que ajudam na flutuação delas. Se quiserem produzir mudas de paineira utilizem as minhas sementes.

Como tuas folhas se comportam no outono?
Eu perco todas minhas folhas para economizar energia no frio. Mas não precisam me podar, porque depois minhas folhas crescerão novamente e não precisa varrer minhas folhas, porque elas viram adubo, alimentando nosso solo.

E falando sobre poda. Ela é necessária?
Em ambiente natural não precisamos de poda. Nas cidades as pessoas nos podam para que possamos conviver com a infinidade de coisas construídas pelo homem. Para a realização da poda é preciso ter autorização da Secretaria de Meio Ambiente de Bagé, para que os funcionários verifiquem se a poda é mesmo necessária. Uma poda inadequada pode me deixar muito feia e dodói, porque um galho mal cortado não cicatriza, ocasionando uma ferida exposta. Esta ferida é uma porta de entrada para umidade e organismos que me causam doenças, como fungos, cupins e outros. Além disso, os rebrotos que se formam após a poda se quebram facilmente, pois não tem ligação com o “esqueleto” da árvore. Por favor, cuidem de nós com carinho e respeito!

Tu és muito boa para o homem, mas muitas vezes o ser humano não é bom contigo. Que partes tuas são usadas pelo homem e quais os usos?
Como sou muito belíssima, sou utilizada amplamente no paisagismo. A paina que meus frutos produzem é fina e sedosa, mas pouco resistentes, sendo usada para o preenchimento de travesseiros e brinquedos de pelúcia. Minha madeira é usada para caixotarias, cochos, tamancos, entre outros.

Existe alguma curiosidade sobre a paineira que queiras dizer para nós? Vamos, conte teus segredos...
Vocês sabiam que o meu tronco e ramos podem fazer fotossíntese quando jovem? Por isso meu caule tem cor verde nas fases mais jovens da minha vida. Além disso, com o passar do tempo vou apresentando um alargamento na base do meu tronco, o que me rendeu o nome de “Barriguda”.
Outra curiosidade é que meu tronco e ramos mais jovens apresentam acúleos. Mas não são espinhos? Não, os acúleos são formados pela parte mais externa do meu caule, são como se fossem calos. Já os espinhos são formados a partir de estruturas modificadas, como ramos e folhas. Quando se retira o acúleo de uma planta ele se solta fácil, ficando no seu lugar uma cicatriz. Já o espinho é difícil de soltar e quando retirado causa danos, porque tem ligação com as estruturas mais internas da planta.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
LORENZI, H. Árvores Brasileiras. Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas do Brasil. 2ª edição. Nova Odessa, SP: Editora Plantarum, 368 p. 1998.
REVISTA NATUREZA. Árvores Ornamentais. Editora Europa. 82 p. 1997.
https://pt.wikipedia.org (Acesso em julho de 2016)
flora.ipe.org.br (Acesso em julho de 2016)

Fonte: Rosseto, V.; Sampaio, T. M.; Oliveira, R.; Grala, K. O braquiquito. Disponível em: <http://arborizabage.wixsite.com/arborizacaourbana>

Oliveira - Olea europaea

Nome popular: Oliveira
Nome científico: Olea europaea
Família: Oleaceae

Origem: do sul do Cáucaso, das planícies altas do Irã e do litoral mediterrâneo da Síria e Palestina, expandindo posteriormente para o restante do Mediterrâneo.
Clima ideal: sub tropical
Floração: fins de abril a início de junho
Frutificação: setembro a outubro
Folhas: perenes
Reprodução: por semente ou estaquia
Porte: até 15 metros de altura

É uma árvore cujos frutos são drupas, conhecidas como azeitonas, ricas em óleo. De seus frutos, as azeitonas, os homens no final do período neolítico aprenderam a extrair o azeite. Este óleo era empregado como unguento, combustível ou na alimentação, e por todas estas utilidades, tornou-se uma árvore venerada por diversos povos. Muitos deles prosperaram com o comércio do azeite de oliva.  A oliveira é também citada na Bíblia em várias passagens, tanto a árvore como seus frutos.
Há de se fazer nota ainda sobre a longevidade das oliveiras. Estima-se que algumas das oliveiras presentes em Israel nos dias atuais devam ter mais de 2500 anos de idade. Em Santa Iria de Azóia, Portugal, existe uma oliveira com 2850 anos. O mais antigo registro de plantio de oliveiras no Brasil que se teve notícia foi em 1800, quando os imigrantes açorianos trouxeram as primeiras mudas de oliveiras da Europa para o Brasil e foram plantadas e cultivadas com sucesso no Rio Grande do Sul.  As folhas têm aplicação medicinal, sendo usadas para combater a tensão alta. A sua madeira possui elevada resistência, serve para pequenas peças de marcenaria e marchetaria. Nas últimas décadas vem sendo cada vez mais usada em paisagismo. No Sul do país é também utilizada para arborização de ruas devido ao seu tipo de copa e altura. No paisagismo urbano com espécies exóticas é interessante a adição desta árvore, pois sua sombra apesar de esparsa permite bom aproveitamento e pode ser cultivada em calçadas e avenidas, além de jardins e pátios residenciais.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
http://www.fazfacil.com.br (Acesso em julho de 2016)
http://www.floradaspalmeiras.com.br (Acesso em julho de 2016)
https://pt.wikipedia.org (Acesso em julho de 2016)
http://www.paisagismodigital.com (Acesso em julho de 2016)
http://www.florestar.net (Acesso em julho de 2016)
http://www.floresefolhagens.com.br (Acesso em julho de 2016)
www.esalq.usp.br (Acesso em julho de 2016)

Fonte: Rosseto, V.; Sampaio, T. M.; Oliveira, R.; Grala, K. O braquiquito. Disponível em: <http://arborizabage.wixsite.com/arborizacaourbana>

Manacá-de-cheiro - Brunfelsia uniflora

Nome popular: Manacá-de-cheiro, Manacá-de-jardim
Nome científico: Brunfelsia uniflora
Família: Solanaceae

Origem: Brasil – Mata Atlântica
Clima ideal: tropical e subtropical
Floração: setembro a março
Folhas: perenes
Reprodução: sementes, por estaquia ou - simplesmente – pelo transplante de mudas que surgem das raízes de um exemplar maior. Por mergulhia. Não suporta transplante
Porte: até 3 metros

É uma árvore de folhas pequenas e permanentes, de crescimento de velocidade média. Esta espécie é muito utilizada como ornamento, pela sua beleza e perfume. Esta é uma planta hospedeira de lagartas de borboletas. Elas surgem após o período de floração e não há prejuízo para a planta e assim também haverá lindas borboletas no jardim. Em seu local de origem, durante todo o ano é possível ver na sua proximidade a borboleta-do-manacá, que deposita os ovos apenas nas folhas dessa planta, que é o único alimento de suas larvas. A lagarta peculiar, preta com listras amarelas, é adaptada resistir às toxinas desta planta. Elas não fazem mal a planta, portanto, evite destruí-las. As folhas, raiz e frutos do manacá-de-jardim possuem propriedades medicinais, mas em grandes quantidades são tóxicos para animais domésticos e o homem, podendo causar vômito, diarréia, tremores, falta de coordenação, tosse e letargia por vários dias.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
http://www.fazfacil.com.br (Acesso em julho de 2016)
http://www.floradaspalmeiras.com.br (Acesso em julho de 2016)
https://pt.wikipedia.org (Acesso em julho de 2016)
http://www.paisagismodigital.com (Acesso em julho de 2016)
http://www.florestar.net (Acesso em julho de 2016)
http://www.floresefolhagens.com.br (Acesso em julho de 2016)
www.esalq.usp.br (Acesso em julho de 2016)

Fonte: Rosseto, V.; Sampaio, T. M.; Oliveira, R.; Grala, K. O braquiquito. Disponível em: <http://arborizabage.wixsite.com/arborizacaourbana>

Ligustro - Ligustrum lucidum

Nome popular: Ligustro
Nome científico: Ligustrum lucidum 
Família: Oleaceae

Olá linda árvore. Que nome os cientistas te deram? E como és conhecida nesta querência?
Meu nome é Ligustrum lucidum, sou da família das Oleáceas. Por aqui sou conhecida como ligustro ou alfeneiro.

Tu és daqui ou de longe? E quais são os teus domínios?
Minha origem é da China. No Brasil, me desenvolvo bem em todas as regiões.

Em que tipo de ambiente tu gostas de viver?
Eu me adapto bem a diversos tipos de clima. Também sou uma árvore bem resistente - como o gaúcho da campanha - eu resisto a variações de temperatura e pouca água.

Estás crescendo. Até que tamanho tu podes atingir?
Eu tenho porte médio, cresço rápido e posso atingir até 10 metros de altura.

E como são tuas flores e frutos?
Minhas flores surgem em cachos, são brancas ou cremes e perfumadas. Contudo, muitas pessoas tem alergia ao pólen das minhas flores. Eu floresço na primavera e verão. Os frutos amadurecem no outono, sendo preto-azulados quando maduros e são muito apreciados pelas aves.

A poda é necessária para as árvores urbanas?
Em ambiente natural não precisamos de poda. Nas cidades as pessoas nos podam para que possamos conviver com a infinidade de coisas construídas pelo homem. Para a realização da poda é preciso ter autorização da Secretaria de Meio Ambiente de Bagé, para que os funcionários verifiquem se a poda é mesmo necessária. Uma poda inadequada pode me deixar muito feia e dodói, porque um galho mal cortado não cicatriza, ocasionando uma ferida exposta. Esta ferida é uma porta de entrada para umidade e organismos que me causam doenças, como fungos, cupins e outros. Além disso, os rebrotos que se formam após a poda se quebram facilmente, pois não tem ligação com o “esqueleto” da árvore. Por favor, cuidem de nós com carinho e respeito!

Tu és muito boa para o homem, mas muitas vezes o ser humano não é bom contigo. Que partes tuas são usadas pelo homem e quais os usos?
Há anos atrás a minha espécie era uma das mais plantadas nas cidades do sudeste e sul do Brasil, pois sou muito resistente a diversos tipos de ambiente e cresço rapidamente. Atualmente, o plantio do ligustro na arborização urbana não tem sido recomendado, pois sou considerada uma espécie invasora, isto é, ocupo ambientes naturais de espécies nativas da região. Mas não me vejam como um alien que só causa o mal de vocês. Minha sombra ameniza muita gente no calorão do verão. Além disso, eu auxilio no combate da poluição, produção de oxigênio, embelezamento da cidade, entre muitas outras funções.  

Existe alguma curiosidade sobre o ligustro que queiras dizer para nós? Vamos, conte teus segredos...
Sou uma das espécies mais maltratadas na cidade, somos podadas de forma drástica; nossa copa está cheia de erva-de-passarinho, parasita que suga nossa vida lentamente; nosso tronco está cheio de buracos, e muitos pensam que sou lixeira. Será que é assim que os humanos da Rainha da Fronteira devem tratar suas irmãs árvores? A ingratidão ecoa neste rincão do Brasil. Este poema expressa meus sentimentos:

Súplica da Árvore
"Tu, que passas e levantas contra mim o teu braço,
antes de fazer-me o mal, olha-me bem.
Eu sou o calor do teu lar nas noites frias de inverno.
Eu sou a sombra amiga que te protege contra o sol de dezembro.
Meus frutos saciam tua fome e acalmam tua sede.
Eu sou a viga que suporta o teto de tua casa, e a cama em que descansas.
Sou o cabo das tuas ferramentas, a porta de tua casa.
Quando nasces, tenho a madeira para o teu berço, quando morres,
em forma de ataúde, ainda te acompanho ao seio da terra.
Sou ramo de bondade e flor de beleza.
Se me amas como mereço, defende-me contra os insensatos."
(Autor desconhecido)

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
LORENZI, H.; SOUZA, H.M. DE; TORRES, M.A.V.; BACHER, L.B. Árvores Exóticas No Brasil, Madeiras, Ornamentais e Aromáticas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 384 p. 2003.
https://pt.wikipedia.org (Acesso em julho de 2016)
http://institutoverdesrumos.com.br (Acesso em julho de 2016)
http://blogdojeffrossi.blogspot.com.br (Acesso em julho de 2016)

Fonte: Rosseto, V.; Sampaio, T. M.; Oliveira, R.; Grala, K. O braquiquito. Disponível em: <http://arborizabage.wixsite.com/arborizacaourbana>