Mostrando postagens com marcador Praça das Carretas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Praça das Carretas. Mostrar todas as postagens

sábado

Uva-do-japão - Houvenia dulcis

Nome popular: Uva-do-japão

Nome científico: Houvenia dulcis
Família: Rhamnaceae


Olá linda árvore. Que nome os cientistas te deram? E como és conhecida nesta querência?
Meu nome é Hovenia dulcis, sou da família das Rhamnáceas. Por aqui sou conhecida como uva-do-japão, uva-japonesa, cajueiro-japonês.

Tu és daqui ou de longe? E quais são os teus domínios?
Sou natural do Japão, China e Coréia. Minha espécie já se adaptou ao Brasil, principalmente a região Sudeste e Sul.

Em que tipo de ambiente tu gostas de viver?
Eu gosto de clima tropical e subtropical.

Estás crescendo. Até que tamanho tu podes atingir?
Eu cresço rápido, tenho porte grande. Em geral minha altura varia de 10-15 metros, mas posso atingir até 25 metros de altura. Como tenho possuo raízes superficiais que se desenvolvem bastante não devo ser plantada em calçadas.

E como são tuas flores e frutos?
Minhas flores surgem na primavera, sendo esbranquiçadas, numerosas e perfumadas. As abelhas adoram minhas flores. Meus frutos são cápsulas secas, marrons, sustentados por pedúnculos, em forma de dedinhos, castanhos, carnosos e doces quando maduros. Eles surgem no outono e verão enchendo as aves de alegria e refeição.

Como tuas folhas se comportam no outono?
Eu perco todas minhas folhas para economizar energia no frio. Mas não precisam me podar, porque depois minhas folhas crescerão novamente e não precisa varrer minhas folhas, porque elas viram adubo, alimentando nosso solo. 

E falando sobre poda. Ela é necessária?
Em ambiente natural não precisamos de poda. Nas cidades as pessoas nos podam para que possamos conviver com a infinidade de coisas construídas pelo homem. Para a realização da poda é preciso ter autorização da Secretaria de Meio Ambiente de Bagé, para que os funcionários verifiquem se a poda é mesmo necessária. Uma poda inadequada pode me deixar muito feia e dodói, porque um galho mal cortado não cicatriza, ocasionando uma ferida exposta. Esta ferida é uma porta de entrada para umidade e organismos que me causam doenças, como fungos, cupins e outros. Além disso, os rebrotos que se formam após a poda se quebram facilmente, pois não tem ligação com o “esqueleto” da árvore. Por favor, cuidem de nós com carinho e respeito!

Tu és muito boa para o homem, mas muitas vezes o ser humano não é bom contigo. Que partes tuas são usadas pelo homem e quais os usos?
Como sou muito bela, sou utilizada no paisagismo. Também sou usada como quebra-vento. Minha madeira é útil principalmente na construção civil e fonte energética. Também sou usada na alimentação humana. A parte comestível é o pedúnculo, que tem forma de dedinhos. Quando estão verdes, têm sabor adstringente, amarra na boca como caju que não está maduro. Só quando eles caem é que estão maduros e ficam bem doces. Quando estão passados eles fermentam e ficam com gosto alcoólico. Os “dedinhos” podem ser consumidos frescos ou usados para fazer doces como geleias, bebidas como vinho caseiro, passas de uvas japonesas entre outras receitinhas. É só usar a criatividade.

Existe alguma curiosidade sobre a uva-do-Japão que queiras dizer para nós? Vamos, conte teus segredos...
Vocês sabiam que a minha espécie tem sido usada pela medicina tradicional chinesa para o tratamento de doenças do fígado e para a desintoxicação após o consumo excessivo de álcool? É isso mesmo, ela ajuda a curar a ressaca e outros efeitos pós consumo de álcool. Atualmente, há vários estudos que confirmam o que os antigos sábios chineses já sabiam há séculos. Também está se avaliando a aplicação da uva-do-Japão no tratamento da dependência do álcool.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
CASAGRANDE, V.; ROMAHN, V. 101 Belas Árvores. Biblioteca Natureza. Editora Europa. 129 p. 2008.
ELEOTÉRIO, J. R.; PELLENS, G. C.; COMMANDULI, M. J. Crescimento em diâmetro, altura e volume de Hovenia dulcis na região sul de Blumenai, SC. Floresta, v. 42, p. 733-740. 2012.
LORENZI, H.; SOUZA, H.M. DE; TORRES, M.A.V. & BACHER, L.B. Árvores Exóticas No Brasil, Madeiras, Ornamentais e Aromáticas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 384 p. 2003.
REVISTA NATUREZA. Árvores Ornamentais. Editora Europa. 82 p. 1997.
https://pt.wikipedia.org (Acesso em julho de 2016)
http://www.wikiaves.com.br (Acesso em julho de 2016)
http://www.matosdecomer.com.br (Acesso em julho de 2016)
https://coletivocurare.wordpress.com (Acesso em julho de 2016)

Fonte: Rosseto, V.; Sampaio, T. M.; Oliveira, R.; Grala, K. O braquiquito. Disponível em: <http://arborizabage.wixsite.com/arborizacaourbana>

Pôncirus - Poncirus trifoliata

Nome popular: Pôncirus

Nome científico: Poncirus trifoliata
Família: Rutaceae


Olá linda árvore. Que nome os cientistas te deram? E como és conhecida nesta querência?
Meu nome é Poncirus trifoliata, sou da família das Rutáceas. Por aqui sou conhecida como pôncirus, laranja amarga ou planta dragão voador.

Tu és daqui ou de longe? E quais são os teus domínios?
Sou natural da Ásia, habitando originalmente a China e Coreia.

Em que tipo de ambiente tu gostas de viver?
Eu gosto principalmente de subtropical. Sou muito resistente à seca e ao frio, sendo bem adequada ao clima daqui de Bagé.

Estás crescendo. Até que tamanho tu podes atingir?
Eu cresço moderadamente, tenho pequeno porte, atingindo de 3 a 4 metros de altura. Tenho muitos espinhos nos meus ramos e copa arredondada e densa.

E como são tuas flores e frutos?
Minhas flores são brancas, e muito perfumadas. Meus frutos são amarelos, como pequenas laranjas. São comestíveis, apesar de serem bem amargos. Se quiserem produzir mudas de pôncirus utilizem as minhas sementes.
Como tuas folhas se comportam no outono?
Eu perco minhas folhas para economizar energia no frio. Mas não precisam me podar, porque depois minhas folhas crescerão novamente e não precisa varrer minhas folhas, porque elas viram adubo, alimentando nosso solo.

E falando sobre poda. Ela é necessária?
Em ambiente natural não precisamos de poda. Nas cidades as pessoas nos podam para que possamos conviver com a infinidade de coisas construídas pelo homem. Para a realização da poda é preciso ter autorização da Secretaria de Meio Ambiente de Bagé, para que os funcionários verifiquem se a poda é mesmo necessária. Uma poda inadequada pode me deixar muito feia e dodói, porque um galho mal cortado não cicatriza, ocasionando uma ferida exposta. Esta ferida é uma porta de entrada para umidade e organismos que me causam doenças, como fungos, cupins e outros. Além disso, os rebrotos que se formam após a poda se quebram facilmente, pois não tem ligação com o “esqueleto” da árvore. Por favor, cuidem de nós com carinho e respeito!

Tu és muito boa para o homem, mas muitas vezes o ser humano não é bom contigo. Que partes tuas são usadas pelo homem e quais os usos?
O ser humano me usa como porta-enxerto. Mas o que é porta-enxerto? O enxerto consiste em unir partes de plantas diferentes, resultando em uma só planta. O enxerto ou garfo dará origem a parte do tronco e da copa. Já o porta-enxerto formará o sistema de raízes. Esse “Frankenstein” é muito útil para a produção de plantas cítricas, como o limoeiro e a laranjeira. Eu sou muito resistente ao frio, a solos pobres em nutrientes, e algumas doenças, fornecendo essas características para as plantas formadas pelas mãos do homem.
Quando estou sem folhas meus ramos lembram um dragão voador. Como tenho muitos espinhos tenho sido usada como cerca viva defensiva.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
https://pt.wikipedia.org (Acesso em julho de 2016)
https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br (Acesso em julho de 2016)
http://thecitrusguy.blogspot.com.br (Acesso em julho de 2016)

Fonte: Rosseto, V.; Sampaio, T. M.; Oliveira, R.; Grala, K. O braquiquito. Disponível em: <http://arborizabage.wixsite.com/arborizacaourbana>
 

Guajuvira - Cordia americana

Nome popular: Guajuvira

Nome científico: Cordia americana

Família: Boraginaceae


Olá linda árvore. Que nome os cientistas te deram? E como és conhecida nesta querência?
Meu nome é Cordia americana, sou da família das Boragináceas. Por aqui sou conhecida como guajuvira, guaiuvira, guaiabira, guajuvira-branca.

Tu és daqui ou de longe? E quais são os teus domínios?
Sou natural da América do Sul. Meus domínios são a Argentina, Brasil, Bolívia, Paraguai e Uruguai. No Brasil estou presente naturalmente na região Sul, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Gosto de viver na Mata Atlântica e no Pampa tchê.

Em que tipo de ambiente tu gostas de viver?
Eu gosto de clima subtropical. Cresço bem em solos secos e profundos, mas também consigo me desenvolver em solos rasos.

Estás crescendo. Até que tamanho tu podes atingir?
Eu cresço devagar, mas atinjo um porte médio na maturidade, posso chegar de 10 a 15 metros de altura.

E como são tuas flores e frutos?
Minhas flores surgem na primavera em cachos, são brancas ou beges, perfumadas e melíferas. Meus frutos são arredondados, e quando maduros se abrem, liberando as sementes, que podem voar pelo mundo, em busca de novos ambientes. Os frutos ficam maduros na primavera e inicio do verão. Se quiserem produzir mudas de guajuvira utilizem as minhas sementes.

Como tuas folhas se comportam no outono?
Eu perco parcialmente minhas folhas para economizar energia no frio. Mas não precisam me podar, porque depois minhas folhas crescerão novamente e não precisa varrer minhas folhas, porque elas viram adubo, alimentando nosso solo.

E falando sobre poda. Ela é necessária?
Em ambiente natural não precisamos de poda. Nas cidades as pessoas nos podam para que possamos conviver com a infinidade de coisas construídas pelo homem. Para a realização da poda é preciso ter autorização da Secretaria de Meio Ambiente de Bagé, para que os funcionários verifiquem se a poda é mesmo necessária. Uma poda inadequada pode me deixar muito feia e dodói, porque um galho mal cortado não cicatriza, ocasionando uma ferida exposta. Esta ferida é uma porta de entrada para umidade e organismos que me causam doenças, como fungos, cupins e outros. Além disso, os rebrotos que se formam após a poda se quebram facilmente, pois não tem ligação com o “esqueleto” da árvore. Por favor, cuidem de nós com carinho e respeito!

Tu és muito boa para o homem, mas muitas vezes o ser humano não é bom contigo. Que partes tuas são usadas pelo homem e quais os usos?
Como sou muito bela, sou utilizada no paisagismo. Além disso, sou plantada em reflorestamentos para recuperar áreas degradadas. Minha madeira dura, mas com boa elasticidade, muito durável, mesmo submersa na água ou enterrada no solo, sendo empregada em construções, moirões, remos, tacos de bilhar e golfe, cabos de ferramentas, entre outros usos.

Existe alguma curiosidade sobre a guajuvira que queiras dizer para nós? Vamos, conte teus segredos...
Vocês sabiam que os primeiros habitantes das terras brasileiras, os indígenas, me utilizam há centena de anos? A etnia Guarani Mbya me considera sagrada.  Atualmente, aqui no Rio Grande do Sul, eles vivem principalmente na região da Laguna dos Patos. Para eles, a casa tradicional deve ser construída com o cerne da guajuvira, porque ela protege o espírito e defende o homem de guerras, catástrofes naturais e outros infortúnios. Além disso, a madeira da minha espécie é usada para a confecção do cachimbo guarani, elemento importante de socialização - como o chimarrão - e utilizado em rituais cerimoniais.
Os Kaingangs, outra etnia indígena que habita no Rio Grande do Sul, na região Noroeste, também utilizavam minha madeira para a confecção de arcos, por ser dura, mas ao mesmo tempo elástica.  Eu sou semelhante aos povos Guarani Mbya e Kaingangs, pois nossa essência é forte e resistente, e ao mesmo tempo maleável, permitindo que nós continuemos a viver nestes novos tempos, sem perder a identidade.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
CARVALHO, P. E. R. Guajuvira. Circular Técnica Embrapa, v. 97, pp. 1-10. 2004.
LORENZI, H. Árvores Brasileiras. Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas do Brasil. 2ª edição. Nova Odessa, SP: Editora Plantarum, 368 p.1998.
LAPPE, E. Natureza e territorialidade: um estudo sobre os Kaingang das terras indígenas linha Glória/Estrela, por Fi Gâ/São Leopoldo e Foxá/ Lajeado. Trabalho de Conclusão de Curso – Licenciatura em História, UNIVATES. 2012.
SILVA, B. Petyngua – Símbolo da vida guarani.  Trabalho de Conclusão de Curso – Licenciatura Intercultural Índigena do Sul da Mata Atlântica, UFSC. 2015
SILVA, G. F.; PENNA, R.; CARNEIRO, L. C. C. RS índio : cartografias sobre a produção do conhecimento. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2009. 300 p.
https://pt.wikipedia.org(Acesso em julho de 2016)
http://floradobrasil.jbrj.gov.br (Acesso em julho de 2016)
http://www.ufrgs.br (Acesso em julho de 2016)
http://www.atlassocioeconomico.rs.gov.br

Fonte: Rosseto, V.; Sampaio, T. M.; Oliveira, R.; Grala, K. O braquiquito. Disponível em: <http://arborizabage.wixsite.com/arborizacaourbana>

Espinilho - Vachellia caven

Nome popular: Espinilho

Nome científico: Vachellia caven

Família: Fabaceae


Olá linda árvore. Que nome os cientistas te deram? E como és conhecida nesta querência?
Meu nome é Vachellia caven, sou da família das Fabáceas. Por aqui sou conhecida como espinilho.

Tu és daqui ou de longe? E quais são os teus domínios?
Sou natural da América do Sul. Meus domínios são a Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai. No Brasil sou encontrada naturalmente no Mato Grosso do Sul, mas principalmente no Rio Grande do Sul, nos Pampas tchê.

Em que tipo de ambiente tu gostas de viver?
Eu gosto de clima subtropical.

Estás crescendo. Até que tamanho tu podes atingir?
Eu tenho porte médio e posso atingir até 7 metros de altura.

E como são tuas flores e frutos?
Minhas flores são como pequenos pompons amarelos, enchendo o inverno com seu perfume. Meus frutos são cápsulas duras e escuras quando maduros, com sementes também duras, de difícil germinação. Se quiserem produzir mudas de espinilho utilizem as minhas sementes

Como tuas folhas se comportam no outono?
Eu perco minhas folhas para economizar energia no frio. Mas não precisam me podar, porque depois minhas folhas crescerão novamente e não precisa varrer minhas folhas, porque elas viram adubo, alimentando nosso solo.

E falando sobre poda. Ela é necessária?
Em ambiente natural não precisamos de poda. Nas cidades as pessoas nos podam para que possamos conviver com a infinidade de coisas construídas pelo homem. Para a realização da poda é preciso ter autorização da Secretaria de Meio Ambiente de Bagé, para que os funcionários verifiquem se a poda é mesmo necessária. Uma poda inadequada pode me deixar muito feia e dodói, porque um galho mal cortado não cicatriza, ocasionando uma ferida exposta. Esta ferida é uma porta de entrada para umidade e organismos que me causam doenças, como fungos, cupins e outros. Além disso, os rebrotos que se formam após a poda se quebram facilmente, pois não tem ligação com o “esqueleto” da árvore. Por favor, cuidem de nós com carinho e respeito!

Tu és muito boa para o homem, mas muitas vezes o ser humano não é bom contigo. Que partes tuas são usadas pelo homem e quais os usos?
Como sou muito bela, sou utilizada no paisagismo. Contudo, como sou tenho muitos espinhos não é recomendado meu plantio em calçadas. A minha madeira é muito resistente e durável, usada para fazer moirões, dormentes, carvão. Minhas flores têm sido usadas na perfumaria e como inseticidas. Já as minhas raízes, folhas e casca tem aplicação medicinal.

Existe alguma curiosidade sobre o espinilho que queiras dizer para nós? Vamos, conte teus segredos...
Você sabia que aqui no Rio Grande do Sul existe um parque chamado de Parque Estadual do Espinilho? O Parque fica em Barra do Quaraí, município no extremo sudoeste do Brasil, e faz fronteira com Argentina e Uruguai. A fisionomia deste local é única no Brasil, sendo chamada de estepe parque, caracterizada pela vegetação de campo associada com algumas espécies arbóreas. Além da ilustre presença da minha espécie há outras espécies arbóreas, como algarrobo, inhanduvai, quebracho-blanco, cina-cina, entre outras. Além disso, há muitos animais, como cervos, graxains, lontras, capinchos, e aves, muitas delas restritas apenas a esta região, como o cardeal amarelo. No parque também há formigueiros gigantes. Infelizmente o parque não é aberto à visitação, apenas os homens da ciência, curiosos por desvendar os segredos da natureza, podem conhecer o local.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
FRANCO, E. T. H.; FELTRIN, I. J. Quebra de dormência de sementes de espinilho (Acacia caven Mol.). Ciência Rural, v. 24, n.2, p. 303-305. 1994.
LORENZI, H. Árvores Brasileiras. Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas do Brasil. 2ª edição. Nova Odessa, SP: Editora Plantarum, 368 p.1998.
https://pt.wikipedia.org(Acesso em julho de 2016)
https://es.wikipedia.org(Acesso em julho de 2016)
http://floradobrasil.jbrj.gov.br (Acesso em julho de 2016)
http://www.ufrgs.br (Acesso em julho de 2016)
http://www.jb.fzb.rs.gov.br(Acesso em julho de 2016)

Fonte: Rosseto, V.; Sampaio, T. M.; Oliveira, R.; Grala, K. O braquiquito. Disponível em: <http://arborizabage.wixsite.com/arborizacaourbana>

Canafístula - Peltophorum dubium

Nome popular: Canafístula

Nome científico: Peltophorum dubium

Família: Fabaceae


Olá linda árvore. Que nome os cientistas te deram? E como és conhecida nesta querência?
Meu nome é Peltophorum dubium, sou da família das Fabáceas. Por aqui sou conhecida como canafístula, angico-amarelo ou faveira.

Tu és daqui ou de longe? E quais são os teus domínios?
Sou natural da América do Sul, ocorrendo na Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. No Brasil estou presente nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul.

Em que tipo de ambiente tu gostas de viver?
Eu gosto principalmente de clima tropical, mas posso viver em clima subtropical. Não sou nativa do Pampa, mas já me adaptei muito bem a região de Bagé tchê.

Estás crescendo. Até que tamanho tu podes atingir?
Eu cresço rápido e fico bem alta, posso atingir de 20 a 25 metros de altura. Como tenho porte grande, devo ser plantada em calçadas largas – acima de 3,6 m – e pátios com bastante espaço.

E como são tuas flores e frutos?
Minhas flores surgem em espigas no verão, amarelas, perfumadas e vistosas. Os meus frutos amadurecem no outono, e são frutos secos em forma de lança, que contém de uma a duas sementes. O vento auxilia na dispersão das minhas filhinhas. Se quiserem produzir mudas de canafístula utilizem as minhas sementes.

Como tuas folhas se comportam no outono?
Eu perco minhas folhas para economizar energia no frio. Mas não precisam me podar, porque depois minhas folhas crescerão novamente e não precisa varrer minhas folhas, porque elas viram adubo, alimentando nosso solo. 

E falando sobre poda. Ela é necessária?
Em ambiente natural não precisamos de poda. Nas cidades as pessoas nos podam para que possamos conviver com a infinidade de coisas construídas pelo homem. Para a realização da poda é preciso ter autorização da Secretaria de Meio Ambiente de Bagé, para que os funcionários verifiquem se a poda é mesmo necessária. Uma poda inadequada pode me deixar muito feia e dodói, porque um galho mal cortado não cicatriza, ocasionando uma ferida exposta. Esta ferida é uma porta de entrada para umidade e organismos que me causam doenças, como fungos, cupins e outros. Além disso, os rebrotos que se formam após a poda se quebram facilmente, pois não tem ligação com o “esqueleto” da árvore. Por favor, cuidem de nós com carinho e respeito!

Tu és muito boa para o homem, mas muitas vezes o ser humano não é bom contigo. Que partes tuas são usadas pelo homem e quais os usos?
Sou muito bela, no verão o verde das minhas folhas contrasta com o amarelo das minhas flores, e conforme minhas flores caem, formam um tapete amarelo encantador. Além disso, minha boa sombra ameniza o calorão que faz em Bagé no verão. Pela minha beleza sou muito requisitada no paisagismo. A minha madeira é rosada, com boa durabilidade, sendo utilizada na construção civil e marcenaria.

Existe alguma curiosidade sobre a canafístula que queiras dizer para nós? Vamos, conte teus segredos...
Você sabia que a canafístula é conhecida por nossos hermanos uruguaios como árvore de Artigas ou Ibirapitá? José Artigas foi um político e militar, considerado herói nacional no Uruguai. Após participar de várias guerras, inclusive com o Brasil, Artigas se exilou no Paraguai, na cidade de Ibiray. Acredita-se que a árvore, que vivia no pátio da morada de Artigas, acompanhou os últimos dias do exilado. Posteriormente, os uruguaios levaram rebrotos da mesma, do Paraguai para o Uruguai, homenageando a árvore que proporcionou companhia ao herói nacional. Ela foi inclusive considerada Patrimônio Histórico Nacional. Que tal valorizarmos nossas árvores assim também na Rainha da Fronteira?

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
LORENZI, H. Árvores Brasileiras. Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas do Brasil. 2ª edição. Nova Odessa, SP: Editora Plantarum, 368 p.1998. https://pt.wikipedia.org(Acesso em junho de 2016)
http://floradobrasil.jbrj.gov.br (Acesso em junho de 2016)
http://www.ufrgs.br (Acesso em junho de 2016)
http://www.jardineiro.net(Acesso em junho de 2016)

Fonte: Rosseto, V.; Sampaio, T. M.; Oliveira, R.; Grala, K. O braquiquito. Disponível em: <http://arborizabage.wixsite.com/arborizacaourbana>

Aroeira-vermelha, aroeira-pimenteira - Schinus terebinthifolia

Nome popular: Aroeira-vermelha, aroeira-pimenteira

Nome científico: Schinus terebinthifolia 
Família: Anacardiaceae


Olá linda árvore. Que nome os cientistas te deram? E como és conhecida nesta querência?
Meu nome é Schinus terebinthifolia, sou da família das Anacardiáceas. Por aqui sou conhecida como aroeira vermelha, aroeira pimenteira ou aroeira-mansa.

Tu és daqui ou de longe? E quais são os teus domínios?
Sou natural da América do Sul, ocorrendo na Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela. No Brasil, sou encontrada naturalmente desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul. Gosto de viver no Cerrado, na Mata Atlântica e no Pampa tchê.

Em que tipo de ambiente tu gostas de viver?
Eu gosto principalmente de clima tropical e subtropical. Também sou uma árvore bem resistente - como o gaúcho da campanha - eu resisto a variações de temperatura e pouca água. Eu cresço em vários tipos de solos, como os secos e pobres. Vivo também em solos úmidos, e posso até tolerar solos encharcados.

Estás crescendo. Até que tamanho tu podes atingir?
Eu tenho porte médio e posso atingir até 8 metros de altura.

E como são tuas flores e frutos?
Minhas flores são pequenas, numerosas em cachos, de cor amarelo-pálida, melíferas, alegrando as abelhas no verão. Meus frutos ficam maduros de abril a junho, e são como pequenas bolinhas de cor rosa - avermelhada intensa quando maduros, sendo muito apreciadas pelas aves. Se quiserem produzir mudas de aroeira-vermelha utilizem as minhas sementes.

Tu és muito boa para o homem, mas muitas vezes o ser humano não é bom contigo. Que partes tuas são usadas pelo homem e quais os usos?
Embora me chame aroeira, não devo ser confundida com as aroeiras bravas ou aroeiras brancas que causam problemas alérgicos. Como sou muito bela, com minha copa larga e densa, decorada com meus frutinhos rosa - avermelhados, sou utilizada no paisagismo. A minha casca é rica em tanino, sendo utilizada no curtimento de couros e no fortalecimento de redes de pesca. Além disso, minha madeira é muito resistente, durável, utilizada na construção de moirões.

A poda é necessária para as árvores urbanas?
Em ambiente natural não precisamos de poda. Nas cidades as pessoas nos podam para que possamos conviver com a infinidade de coisas construídas pelo homem. Para a realização da poda é preciso ter autorização da Secretaria de Meio Ambiente de Bagé, para que os funcionários verifiquem se a poda é mesmo necessária. Uma poda inadequada pode me deixar muito feia e dodói, porque um galho mal cortado não cicatriza, ocasionando uma ferida exposta. Esta ferida é uma porta de entrada para umidade e organismos que me causam doenças, como fungos, cupins e outros. Além disso, os rebrotos que se formam após a poda se quebram facilmente, pois não tem ligação com o “esqueleto” da árvore. Por favor, cuidem de nós com carinho e respeito!

Existe alguma curiosidade sobre a aroeira-vermelha que queiras dizer para nós? Vamos, conte teus segredos...
Vocês sabiam que meus frutos são chamados de pimenta-rosa? Apesar de serem chamados de pimenta, meus frutos não tem parentesco com a pimenta-do-reino, e nem são ardidos. O sabor dos meus frutos está mais para adocicado do que para picante. A pimenta-rosa pode ser usada para condimentar pratos doces e salgados e é famosa fora do Brasil, sendo muito apreciado na culinária francesa. Muitas vezes nós, árvores brasileiras, somos mais valorizadas fora do país do que na nossa própria pátria. Tenham mais respeito pelas árvores que reforçam o verde da nossa bandeira nacional.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
LORENZI, H. Árvores Brasileiras. Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas do Brasil. 2ª edição. Nova Odessa, SP: Editora Plantarum, 368 p.1998.
http://floradobrasil.jbrj.gov.br(Acesso em junho de 2016)
http://frutaspoa.inga.org.br(Acesso em junho de 2016)
http://asacolabrasileira.com.br(Acesso em junho de 2016)

Fonte: Rosseto, V.; Sampaio, T. M.; Oliveira, R.; Grala, K. O braquiquito. Disponível em: <http://arborizabage.wixsite.com/arborizacaourbana>
 

Cacto-rosa, Ora-pro-nobis - Pereskia grandifolia

Nome popular: Cacto-rosa, Ora-pro-nobis

Nome científico: Pereskia grandifolia

Família: Cactaceae


Olá linda árvore. Que nome os cientistas te deram? E como és conhecida nesta querência?
Meu nome é Pereskia grandifolia, sou da família das Cactáceas. Por aqui sou conhecida como cacto-rosa, ora-pro-nobis arbóreo, rosa-madeira.

Tu és daqui ou de longe? E quais são os teus domínios?
Sou natural da América do Sul. No Brasil estou presente naturalmente nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul, com exceção do Rio Grande do Sul. Não sou nativa do Pampa, mas já me adaptei muito bem a região de Bagé tchê.

Em que tipo de ambiente tu gostas de viver?
Eu gosto de clima tropical e subtropical. Sou resistente à seca e tolero baixas temperaturas, até – 5°C.

Estás crescendo. Até que tamanho tu podes atingir?
Eu tenho porte médio e posso atingir até 10 metros de altura. Como tenho muitos espinhos no caule meu plantio é inadequado para calçadas. Mas em muitas casas, sou usada como cerca-viva.

E como são tuas flores e frutos?
Eu tenho belas flores, grandes e rosas. Meus frutos possuem a forma semelhante aos figos, e ficam amarelados quando maduros. A forma mais adequada de produzir mudas de mim é através de estacas dos ramos jovens.

Como tuas folhas se comportam no outono?
Eu perco todas minhas folhas para economizar energia no frio. Mas não precisam me podar, porque depois minhas folhas crescerão novamente e eu voltarei a ficar exuberante. Também não precisa varrer minhas folhas, porque elas ficam muito belas quando caem no chão, além do que as folhas viram adubo, alimentando nosso solo.

E falando sobre poda. Ela é necessária?
Em ambiente natural não precisamos de poda. Nas cidades as pessoas nos podam para que possamos conviver com a infinidade de coisas construídas pelo homem. Para a realização da poda é preciso ter autorização da Secretaria de Meio Ambiente de Bagé, para que os funcionários verifiquem se a poda é mesmo necessária. Uma poda inadequada pode me deixar muito feia e dodói, porque um galho mal cortado não cicatriza, ocasionando uma ferida exposta. Esta ferida é uma porta de entrada para umidade e organismos que me causam doenças, como fungos, cupins e outros. Além disso, os rebrotos que se formam após a poda se quebram facilmente, pois não tem ligação com o “esqueleto” da árvore. Por favor, cuidem de nós com carinho e respeito!

Tu és muito boa para o homem, mas muitas vezes o ser humano não é bom contigo. Que partes tuas são usadas pelo homem e quais os usos?
Sou utilizada no paisagismo, pois sou bem bonita. Além disso, tenho potencial medicinal. Vocês sabiam que minhas folhas e frutos são comestíveis? As minhas folhas são as mais consumidas, refogadas, em forma de saladas, omeletes, cozidos, tortas, entre outros.

Existe alguma curiosidade sobre o cacto-rosa que queiras dizer para nós? Vamos, conte teus segredos...
Assim como eu, a Tuna, também é um cacto arbóreo. Ela é um dos símbolos do Pampa, sendo muito resistente, imponente e ao mesmo tempo delicada, quando está com suas belas flores. A música abaixo foi feita para ela, mas poderia ser aplicada também para mim, pois tenho formosas flores além dos espinhos:

Flor da Tuna
Edilberto Teixeira

Com suas lanças de ouriço
a tuna defende a flor
nem a abelha nem o beija flor
assim no mais chegam nela
Nem tão pouco o marimbondo
arrisca a lanhar o lombo
na busca do beijo dela
Só vento se espinha todo
só de beijar quando passa
nas lanças chora a desgraça
do seu cruel desamor
então givelis suspensa

ela ri da indiferença
de quem não gosta de flor
Ela é a triste flor de um dia
que se quer mais não se alcança
quem de nós se distancia com os
espinhos na lembrança
Mimosa flor que se esconde
entre os espinhos da tuna
desta trincheira se arruma
que nem mulher vaidosa
pois tem igual matrerisse
para colher tão dificil
para beijar tão custosa
Quando chega a primavera
meu rancho fica mais lindo
quando essa flor vai se abrindo
no labirinto das lanças
lembrando que tem nessa vida
a flor da magoa sentida que
desabrocha a esperança.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
LORENZI, H. Árvores Brasileiras. Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas do Brasil. 2ª edição. Nova Odessa, SP: Editora Plantarum, 368 p.1998. https://pt.wikipedia.org(Acesso em junho de 2016)
http://floradobrasil.jbrj.gov.br (Acesso em julho de 2016)
http://www.colecionandofrutas.org (Acesso em julho de 2016)
http://www.aplantadavez.com.br (Acesso em julho de 2016)
http://come-se.blogspot.com.br (Acesso em julho de 2016)
https://www.letras.mus.br

Fonte: Rosseto, V.; Sampaio, T. M.; Oliveira, R.; Grala, K. O braquiquito. Disponível em: <http://arborizabage.wixsite.com/arborizacaourbana>

Álamo-prateado - Populus alba

Nome popular: Álamo-prateado
Nome científico: Populus alba
Família: Salicaceae

Olá linda árvore. Que nome os cientistas te deram? E como és conhecida nesta querência?
Meu nome é Populus alba, sou da família das Salicáceas. Por aqui sou conhecida como álamo-prateado, álamo-branco ou choupo-branco.

Tu és daqui ou de longe? E quais são os teus domínios?
Sou natural da Europa, Ásia e norte da África, mas a minha espécie já se adaptou a viver no Brasil, principalmente na região Sul.

Em que tipo de ambiente tu gostas de viver?
Eu tolero bem locais frios no inverno, como o daqui de Bagé. Também me desenvolvo em vários tipos de solo, mesmo os mais ácidos.

Estás crescendo. Até que tamanho tu podes atingir?
Eu cresço bem rápido e fico bem alta, posso atingir de 16 a 27 metros de altura. Por isso, não sou adequada para ser plantada na maioria das calçadas da nossa cidade.

E como são tuas flores e frutos?
Eu produzo flores em cachos pendentes. Meus frutos quando se abrem, o vento se encarrega de levar as sementes pelo mundo, em busca de novos ambientes.

Como tuas folhas se comportam no outono?
Eu perco todas minhas folhas para economizar energia no frio. Mas não precisam me podar, porque depois minhas folhas crescerão novamente e eu voltarei a ficar exuberante. Também não precisa varrer minhas folhas, porque elas ficam muito belas quando caem no chão, além do que as folhas viram adubo, alimentando nosso solo.

E falando sobre poda. Ela é necessária?
Em ambiente natural não precisamos de poda. Nas cidades as pessoas nos podam para que possamos conviver com a infinidade de coisas construídas pelo homem. Para a realização da poda é preciso ter autorização da Secretaria de Meio Ambiente de Bagé, para que os funcionários verifiquem se a poda é mesmo necessária. Uma poda inadequada pode me deixar muito feia e dodói, porque um galho mal cortado não cicatriza, ocasionando uma ferida exposta. Esta ferida é uma porta de entrada para umidade e organismos que me causam doenças, como fungos, cupins e outros. Além disso, os rebrotos que se formam após a poda se quebram facilmente, pois não tem ligação com o “esqueleto” da árvore. Por favor, cuidem de nós com carinho e respeito!

Tu és muito boa para o homem, mas muitas vezes o ser humano não é bom contigo. Que partes tuas são usadas pelo homem e quais os usos?
Como sou muito bela, sou utilizada no paisagismo de grandes áreas. Minhas folhas são muito admiradas, na parte superior são verdes e na parte inferior são branco-acinzentadas. Quando o vento sopra é como se eu brilhasse como uma pedra preciosa e sussurrasse os segredos da natureza em seus ouvidos. Assim como meu primo álamo, se vocês quiserem produzir mudas, eu me reproduzo por estacas, isto é, partes de mim como galhos, podem formar outras plantas iguais a mim.

Existe alguma curiosidade sobre o álamo prateado que queiras dizer para nós? Vamos, conte teus segredos...
Vocês sabiam que a palavra alameda significa conjunto de álamos? O povo celta, que vivia há muito tempo atrás na Europa, considerava as árvores seres tão sagrados que criaram um alfabeto com base nas árvores. A minha espécie, álamo branco, faz parte deste alfabeto. O templo sagrado dos celtas eram os bosques. Os guerreiros celtas utilizavam a madeira do álamo na confecção dos escudos, pois acreditava-se que protegiam das mortes nas batalhas.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
CASAGRANDE, V.; ROMAHN, V. 101 Belas Árvores. Biblioteca Natureza. Editora Europa. 129 p. 2008.
LORENZI, H.; SOUZA, H.M. DE; TORRES, M.A.V. ; BACHER, L.B. Árvores Exóticas No Brasil, Madeiras, Ornamentais e Aromáticas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 384 p. 2003.
REVISTA NATUREZA. Árvores Ornamentais. Editora Europa. 82 p. 1997.
http://www.jardiland.pt (Acesso em junho de 2016)
https://pt.wikipedia.org (Acesso junho de 2016)
http://druidadovento.blogspot.com.br (Acesso junho de 2016)
http://www.templodeavalon.com (Acesso junho de 2016)
http://valedomago.blogspot.com.br(Acesso junho de 2016)

Fonte: Rosseto, V.; Sampaio, T. M.; Oliveira, R.; Grala, K. O braquiquito. Disponível em: <http://arborizabage.wixsite.com/arborizacaourbana>

Tipuana - Tipuana tipu

Nome popular: Tipurana
Nome científico: Tipuana tipu
Família: Fabaceae

Olá linda árvore. Que nome os cientistas te deram? E como és conhecida nesta querência?
Meu nome é Tipuana tipu, sou da família das Fabáceas. Por aqui sou conhecida como tipuana ou amendoim-acácia.

Tu és daqui ou de longe? E quais são os teus domínios?
Sou natural da América do Sul. Meus domínios são a Argentina e a Bolívia. Minha espécie já se adaptou ao Brasil, principalmente a região Sudeste e Sul.

Em que tipo de ambiente tu gostas de viver?
Eu gosto de clima tropical e subtropical.

Estás crescendo. Até que tamanho tu podes atingir?
Eu cresço rápido, tenho porte grande e posso atingir mais de 15 metros de altura. Minha copa é arredondada, ampla e densa.

E como são tuas flores e frutos?
Minhas flores surgem em cachos, graciosas, amareladas, colorindo a primavera. Meus frutos são duros, achatados em forma de asas, escuros quando maduros. Minhas sementes são esbranquiçadas e não se separam do fruto. Se quiserem produzir mudas de tipuana utilizem as minhas sementes.

Como tuas folhas se comportam no outono?
Eu perco parte de minhas folhas para economizar energia no frio. Mas não precisam me podar, porque depois minhas folhas crescerão novamente e não precisa varrer minhas folhas, porque elas viram adubo, alimentando nosso solo.

E falando sobre poda. Ela é necessária?
Em ambiente natural não precisamos de poda. Nas cidades as pessoas nos podam para que possamos conviver com a infinidade de coisas construídas pelo homem. Para a realização da poda é preciso ter autorização da Secretaria de Meio Ambiente de Bagé, para que os funcionários verifiquem se a poda é mesmo necessária. Uma poda inadequada pode me deixar muito feia e dodói, porque um galho mal cortado não cicatriza, ocasionando uma ferida exposta. Esta ferida é uma porta de entrada para umidade e organismos que me causam doenças, como fungos, cupins e outros. Além disso, os rebrotos que se formam após a poda se quebram facilmente, pois não tem ligação com o “esqueleto” da árvore. Por favor, cuidem de nós com carinho e respeito!

Tu és muito boa para o homem, mas muitas vezes o ser humano não é bom contigo. Que partes tuas são usadas pelo homem e quais os usos?
Como sou muito bela, sou utilizada no paisagismo. Minha floração é muito linda, quando as pétalas caem, formam um tapete dourado. Minha madeira é indicada para caixotaria leve, batentes e outros usos em obras internas. Contudo, minha madeira é pouco resistente ao apodrecimento e aos cupins.

Existe alguma curiosidade sobre a tipuana que queiras dizer para nós? Vamos, conte teus segredos...
Sabia que a defesa contra o corte de uma tipuana foi um marco do inicio do movimento ambientalista no Brasil? Em 1975, em Porto Alegre, funcionários da prefeitura estavam cortando várias árvores para a construção de um viaduto. Um jovem universitário, Carlos Alberto Dayrell, inconformado com o ocorrido, subiu em cima da próxima árvore que ia ser cortada, uma tipuana. A partir daí começaram a se agrupar pessoas no local, e entre os curiosos havia muita gente que apoiava a iniciativa do rapaz. Tudo começou de manhã e por volta das 14 h já havia mais de 500 pessoas no local.  Entre as pessoas estava José Lutzenberger (1926-2002), grande ambientalista brasileiro. Dayrell, Lutzenberger e outros manifestantes negociaram com a prefeitura e garantiram que a tipuana não fosse cortada. Ela está de pé até hoje, sã e salva. Quarenta e um anos depois, será que esta história não inspira vocês a agirem em defesa das árvores aqui na Rainha da Fronteira? Acreditem, a atitude de vocês faz a diferença em prol de um mundo melhor.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
CASAGRANDE, V.; ROMAHN, V. 101 Belas Árvores. Biblioteca Natureza. Editora Europa. 129 p. 2008.
LORENZI, H.; SOUZA, H.M. DE; TORRES, M.A.V. ; BACHER, L.B. Árvores Exóticas No Brasil, Madeiras, Ornamentais e Aromáticas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 384 p. 2003.
REVISTA NATUREZA. Árvores Ornamentais. Editora Europa. 82 p. 1997.
https://pt.wikipedia.org (Acesso em julho de 2016)
http://www.umpedeque.com.br (Acesso em julho de 2016)
http://outraspalavras.net (Acesso em julho de 2016)

Fonte: Rosseto, V.; Sampaio, T. M.; Oliveira, R.; Grala, K. O braquiquito. Disponível em: <http://arborizabage.wixsite.com/arborizacaourbana>

Palmeira-de-leque - Whashingtonia robusta


Nome popular: Palmeira-de-leque
Nome científico: Whashingtonia robusta
Família: Arecaceae  
 
Olá linda árvore. Que nome os cientistas te deram? E como és conhecida nesta querência?
Meu nome é Washingtonia robusta, sou da família das Arecáceas. Por aqui sou conhecida como palmeira-de-leque ou washingtônia. Muitas pessoas me chamam erroneamente de palmeira-imperial, mas saibam que é outra espécie (Roystonea oleracea).

Tu és daqui ou de longe? E quais são os teus domínios?
Sou natural da América do Norte. Meus domínios são o noroeste do México e o sudoeste dos Estados Unidos, na região desértica do sul da Califórnia, Arizona e Novo México.

Em que tipo de ambiente tu gostas de viver?
Eu gosto de clima tropica e subtropical. Possuo grande resistência à seca, posso suportar frio de até – 8°C e posso viver em solos pobres.

Estás crescendo. Até que tamanho tu podes atingir?
Eu tenho porte grande e posso atingir até 25 metros de altura. Como fico bem alta, não devo ser plantada em calçadas, somente em praças, parques e pátios com bastante espaço e longe de construções. Um dos aspectos que me diferencia da minha parente, a palmeira-de-saia (Washingtonia filifera), é que cresço mais rápido, tenho tronco mais fino e atinjo maior altura.

E como são tuas folhas, flores e frutos?
Minhas folhas são bem lindas e bem grandes, em forma de leque, de um verde-brilhante. Minhas flores surgem em grandes cachos, de cor branca ou bege. Meus frutos aparecem em cachos e são pequenos coquinhos de cor escura, quando maduros. Se quiserem produzir mudas de palmeira-de-leque utilizem as minhas sementes.

Tu és muito boa para o homem, mas muitas vezes o ser humano não é bom contigo. Que partes tuas são usadas pelo homem e quais os usos?
Como sou muito belíssima, sou utilizada amplamente no paisagismo no mundo todo. Posso viver mais de 200 anos e aguento muito bem ser transplantada, isto é, ser transferida de um local para o outro, desde que com os devidos cuidados para eu me adaptar ao novo local. Sou uma das árvores escolhidas quando se procura dar um efeito cenográfico rápido a um determinado local. Minhas folhas eram utilizadas antigamente pelos indígenas para construção de telhados de palha e para tecelagem. Os indígenas também consumiam os frutos frescos ou secos, e faziam uma farinha das sementes.

Existe alguma curiosidade sobre a palmeira-de-leque que queiras dizer para nós? Vamos, conte teus segredos...
Vocês sabiam que o nome do meu gênero Washingtonia foi dado em homenagem ao primeiro presidente dos Estados Unidos, George Washington (1732-1799)?
A minha espécie é a árvore símbolo de Hollywood, região da cidade de Los Angeles, na Califórnia, Estados Unidos. É em Hollywood que estão as maiores produtores de cinema dos Estados Unidos.
Nas regiões desérticas do México e dos Estados Unidos ainda há remanescentes de vegetação nativa daquela região. Entre elas estão a palmeira-de-leque e mais outras três espécies de palmeiras. Estima-se que ainda haja mais de 1.500.000 de palmeiras em 8.500 hectares. Nesses locais há verdadeiros oásis de palmeiras, que se desenvolvem em locais com maior umidade. Os oásis são refúgios da flora e da fauna e enriquecem a biodiversidade do deserto.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
CASAGRANDE, V.; ROMAHN, V. 101 Belas Árvores. Biblioteca Natureza. Editora Europa. 129 p. 2008.
LORENZI, H.; SOUZA, H.M. DE; TORRES, M.A.V. & BACHER, L.B. Árvores Exóticas No Brasil, Madeiras, Ornamentais e Aromáticas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 384 p. 2003.
REVISTA NATUREZA. Árvores Ornamentais. Editora Europa. 82 p. 1997.
https://pt.wikipedia.org (Acesso em julho de 2016)
http://www.jardimcor.com (Acesso em julho de 2016)
http://www.jornada.unam.mx (Acesso em julho de 2016)
http://www.photomazza.com (Acesso em julho de 2016)

Fonte: Rosseto, V.; Sampaio, T. M.; Oliveira, R.; Grala, K. O braquiquito. Disponível em: <http://arborizabage.wixsite.com/arborizacaourbana>

Paineira - Ceiba speciosa

Nome popular: Paineira
Nome científico: Ceiba speciosa
Família: Malvaceae

Olá linda árvore. Que nome os cientistas te deram? E como és conhecida nesta querência?
Meu nome é Ceiba speciosa, sou da família das Malváceas. Por aqui sou conhecida como paineira, paina-de-seda ou barriguda.

Tu és daqui ou de longe? E quais são os teus domínios?
Sou natural da América do Sul. Meus domínios são a Argentina, Brasil, Paraguai e Bolívia. No Brasil estou presente naturalmente nas regiões Sul, Sudeste e parte do Nordeste, Norte e Centro-Oeste. Não sou nativa do Pampa, mas já me adaptei muito bem a região de Bagé tchê.

Em que tipo de ambiente tu gostas de viver?
Eu gosto de clima tropical, mas consigo viver em clima subtropical.

Estás crescendo. Até que tamanho tu podes atingir?
Eu e cresço rápido e tenho porte grande e posso atingir até 30 metros de altura. Como tenho grande porte e possuo raízes superficiais que se desenvolvem bastante, não devo ser plantada em calçadas, apenas em pátios com bastante espaço e longe de construções.

E como são tuas flores e frutos?
Após perder todas as minhas bonitas folhas em forma de dedinhos, minhas belas flores surgem no verão e inicio do outono, me deixando majestosa. Minhas flores são lindas, são brancas ou amareladas no centro com pintas vermelhas, e na volta são rosadas. As abelhas, borboletas, pássaros e morcegos adoram as minhas flores. Meus frutos são grandes cápsulas, que quando se abrem, liberando as sementes, que podem voar pelo mundo, em busca de novos ambientes. Minhas sementes ficam envoltas na paina, fibras finas e brancas, como um algodão, que ajudam na flutuação delas. Se quiserem produzir mudas de paineira utilizem as minhas sementes.

Como tuas folhas se comportam no outono?
Eu perco todas minhas folhas para economizar energia no frio. Mas não precisam me podar, porque depois minhas folhas crescerão novamente e não precisa varrer minhas folhas, porque elas viram adubo, alimentando nosso solo.

E falando sobre poda. Ela é necessária?
Em ambiente natural não precisamos de poda. Nas cidades as pessoas nos podam para que possamos conviver com a infinidade de coisas construídas pelo homem. Para a realização da poda é preciso ter autorização da Secretaria de Meio Ambiente de Bagé, para que os funcionários verifiquem se a poda é mesmo necessária. Uma poda inadequada pode me deixar muito feia e dodói, porque um galho mal cortado não cicatriza, ocasionando uma ferida exposta. Esta ferida é uma porta de entrada para umidade e organismos que me causam doenças, como fungos, cupins e outros. Além disso, os rebrotos que se formam após a poda se quebram facilmente, pois não tem ligação com o “esqueleto” da árvore. Por favor, cuidem de nós com carinho e respeito!

Tu és muito boa para o homem, mas muitas vezes o ser humano não é bom contigo. Que partes tuas são usadas pelo homem e quais os usos?
Como sou muito belíssima, sou utilizada amplamente no paisagismo. A paina que meus frutos produzem é fina e sedosa, mas pouco resistentes, sendo usada para o preenchimento de travesseiros e brinquedos de pelúcia. Minha madeira é usada para caixotarias, cochos, tamancos, entre outros.

Existe alguma curiosidade sobre a paineira que queiras dizer para nós? Vamos, conte teus segredos...
Vocês sabiam que o meu tronco e ramos podem fazer fotossíntese quando jovem? Por isso meu caule tem cor verde nas fases mais jovens da minha vida. Além disso, com o passar do tempo vou apresentando um alargamento na base do meu tronco, o que me rendeu o nome de “Barriguda”.
Outra curiosidade é que meu tronco e ramos mais jovens apresentam acúleos. Mas não são espinhos? Não, os acúleos são formados pela parte mais externa do meu caule, são como se fossem calos. Já os espinhos são formados a partir de estruturas modificadas, como ramos e folhas. Quando se retira o acúleo de uma planta ele se solta fácil, ficando no seu lugar uma cicatriz. Já o espinho é difícil de soltar e quando retirado causa danos, porque tem ligação com as estruturas mais internas da planta.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
LORENZI, H. Árvores Brasileiras. Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas do Brasil. 2ª edição. Nova Odessa, SP: Editora Plantarum, 368 p. 1998.
REVISTA NATUREZA. Árvores Ornamentais. Editora Europa. 82 p. 1997.
https://pt.wikipedia.org (Acesso em julho de 2016)
flora.ipe.org.br (Acesso em julho de 2016)

Fonte: Rosseto, V.; Sampaio, T. M.; Oliveira, R.; Grala, K. O braquiquito. Disponível em: <http://arborizabage.wixsite.com/arborizacaourbana>

Ligustro - Ligustrum lucidum

Nome popular: Ligustro
Nome científico: Ligustrum lucidum 
Família: Oleaceae

Olá linda árvore. Que nome os cientistas te deram? E como és conhecida nesta querência?
Meu nome é Ligustrum lucidum, sou da família das Oleáceas. Por aqui sou conhecida como ligustro ou alfeneiro.

Tu és daqui ou de longe? E quais são os teus domínios?
Minha origem é da China. No Brasil, me desenvolvo bem em todas as regiões.

Em que tipo de ambiente tu gostas de viver?
Eu me adapto bem a diversos tipos de clima. Também sou uma árvore bem resistente - como o gaúcho da campanha - eu resisto a variações de temperatura e pouca água.

Estás crescendo. Até que tamanho tu podes atingir?
Eu tenho porte médio, cresço rápido e posso atingir até 10 metros de altura.

E como são tuas flores e frutos?
Minhas flores surgem em cachos, são brancas ou cremes e perfumadas. Contudo, muitas pessoas tem alergia ao pólen das minhas flores. Eu floresço na primavera e verão. Os frutos amadurecem no outono, sendo preto-azulados quando maduros e são muito apreciados pelas aves.

A poda é necessária para as árvores urbanas?
Em ambiente natural não precisamos de poda. Nas cidades as pessoas nos podam para que possamos conviver com a infinidade de coisas construídas pelo homem. Para a realização da poda é preciso ter autorização da Secretaria de Meio Ambiente de Bagé, para que os funcionários verifiquem se a poda é mesmo necessária. Uma poda inadequada pode me deixar muito feia e dodói, porque um galho mal cortado não cicatriza, ocasionando uma ferida exposta. Esta ferida é uma porta de entrada para umidade e organismos que me causam doenças, como fungos, cupins e outros. Além disso, os rebrotos que se formam após a poda se quebram facilmente, pois não tem ligação com o “esqueleto” da árvore. Por favor, cuidem de nós com carinho e respeito!

Tu és muito boa para o homem, mas muitas vezes o ser humano não é bom contigo. Que partes tuas são usadas pelo homem e quais os usos?
Há anos atrás a minha espécie era uma das mais plantadas nas cidades do sudeste e sul do Brasil, pois sou muito resistente a diversos tipos de ambiente e cresço rapidamente. Atualmente, o plantio do ligustro na arborização urbana não tem sido recomendado, pois sou considerada uma espécie invasora, isto é, ocupo ambientes naturais de espécies nativas da região. Mas não me vejam como um alien que só causa o mal de vocês. Minha sombra ameniza muita gente no calorão do verão. Além disso, eu auxilio no combate da poluição, produção de oxigênio, embelezamento da cidade, entre muitas outras funções.  

Existe alguma curiosidade sobre o ligustro que queiras dizer para nós? Vamos, conte teus segredos...
Sou uma das espécies mais maltratadas na cidade, somos podadas de forma drástica; nossa copa está cheia de erva-de-passarinho, parasita que suga nossa vida lentamente; nosso tronco está cheio de buracos, e muitos pensam que sou lixeira. Será que é assim que os humanos da Rainha da Fronteira devem tratar suas irmãs árvores? A ingratidão ecoa neste rincão do Brasil. Este poema expressa meus sentimentos:

Súplica da Árvore
"Tu, que passas e levantas contra mim o teu braço,
antes de fazer-me o mal, olha-me bem.
Eu sou o calor do teu lar nas noites frias de inverno.
Eu sou a sombra amiga que te protege contra o sol de dezembro.
Meus frutos saciam tua fome e acalmam tua sede.
Eu sou a viga que suporta o teto de tua casa, e a cama em que descansas.
Sou o cabo das tuas ferramentas, a porta de tua casa.
Quando nasces, tenho a madeira para o teu berço, quando morres,
em forma de ataúde, ainda te acompanho ao seio da terra.
Sou ramo de bondade e flor de beleza.
Se me amas como mereço, defende-me contra os insensatos."
(Autor desconhecido)

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
LORENZI, H.; SOUZA, H.M. DE; TORRES, M.A.V.; BACHER, L.B. Árvores Exóticas No Brasil, Madeiras, Ornamentais e Aromáticas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 384 p. 2003.
https://pt.wikipedia.org (Acesso em julho de 2016)
http://institutoverdesrumos.com.br (Acesso em julho de 2016)
http://blogdojeffrossi.blogspot.com.br (Acesso em julho de 2016)

Fonte: Rosseto, V.; Sampaio, T. M.; Oliveira, R.; Grala, K. O braquiquito. Disponível em: <http://arborizabage.wixsite.com/arborizacaourbana>

Ipê-roxo - Handroanthus heptaphyllus Bignoniaceae

Olá linda árvore. Que nome os cientistas te deram? E como és conhecida nesta querência?
Meu nome é Handroanthus heptaphyllus, sou da família das Bignoniáceas. Por aqui sou conhecida como ipê-roxo, ipê-rosa ou ipê-comum.

Tu és daqui ou de longe? E quais são os teus domínios?
Sou natural da América do Sul. Meus domínios são a Argentina, Brasil, Bolívia e Paraguai. No Brasil estou presente naturalmente nas regiões Sul, Sudeste e parte do Nordeste e Centro-Oeste. Não sou nativa do Pampa, mas já me adaptei muito bem a região de Bagé tchê.

Em que tipo de ambiente tu gostas de viver?
Eu gosto de clima tropical e subtropical.

Estás crescendo. Até que tamanho tu podes atingir?
Eu tenho porte grande e posso atingir até 18 metros de altura.

E como são tuas flores e frutos?
Após perder todas as minhas bonitas folhas em forma de dedinhos, minhas belas flores roxas ou rosas surgem no inverno e inicio da primavera, me deixando majestosa. As abelhas e pássaros adoram as minhas flores. Na primavera meus frutos aparecem, em forma de vagens e quando maduros se abrem, liberando as sementes, que podem voar pelo mundo, em busca de novos ambientes. Se quiserem produzir mudas de ipê-roxo utilizem as minhas sementes.

Como tuas folhas se comportam no outono?
Eu perco todas minhas folhas para economizar energia no frio. Mas não precisam me podar, porque depois minhas folhas crescerão novamente e eu voltarei a ficar exuberante. Além disso, logo após a queda das folhas, minhas flores surgem, então se me podarem atrapalharão o espetáculo que é a minha floração.

E falando sobre poda. Ela é necessária?
Em ambiente natural não precisamos de poda. Nas cidades as pessoas nos podam para que possamos conviver com a infinidade de coisas construídas pelo homem. Para a realização da poda é preciso ter autorização da Secretaria de Meio Ambiente de Bagé, para que os funcionários verifiquem se a poda é mesmo necessária. Uma poda inadequada pode me deixar muito feia e dodói, porque um galho mal cortado não cicatriza, ocasionando uma ferida exposta. Esta ferida é uma porta de entrada para umidade e organismos que me causam doenças, como fungos, cupins e outros. Além disso, os rebrotos que se formam após a poda se quebram facilmente, pois não tem ligação com o “esqueleto” da árvore. Por favor, cuidem de nós com carinho e respeito!

Tu és muito boa para o homem, mas muitas vezes o ser humano não é bom contigo. Que partes tuas são usadas pelo homem e quais os usos?
Como sou muito belíssima, sou utilizada amplamente no paisagismo, principalmente nas cidades. Na região Sul, sou a espécie de ipê mais utilizada no paisagismo. Além disso, sou plantada em reflorestamentos para recuperar áreas degradadas. Minha madeira possui grande resistência e durabilidade. Ela é usada para fazer tacos, rodapés, assoalhos, postes, tendo boa resistência ao apodrecimento. Além disso, algumas partes minhas têm aplicação medicinal.

Existe alguma curiosidade sobre o ipê-roxo que queiras dizer para nós? Vamos, conte teus segredos...
Você sabia que a madeira da minha espécie foi utilizada na construção das Missões Jesuítas Guaranis? Minha madeira é tão durável, que resiste até hoje em materiais daquela época, expostos no Museu das Missões, em São Miguel das Missões, no noroeste do estado. As Missões eram assentamentos de jesuítas espanhóis e indígenas, em especial da etnia Guarani, surgidas na América do Sul, no século XVII. Os principais assentamentos estavam localizados na Argentina, Brasil e Paraguai. Sou a árvore símbolo do Paraguai e minha flor é a flor oficial da Província de Missiones, na Argentina. Sou abundante na região missioneira e o rosa das minhas flores enchem de amor o local, buscando curar as feridas de uma terra marcada por guerras e sofrimentos.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
SCHULZE-HOFER, M. C.; MARCHIORI, J. N. C. O uso da madeira nas reduções jesuítico-guarani do Rio Grande do Sul. Balduinia, v. 19, p. 14-18. 2009.
LORENZI, H. Árvores Brasileiras. Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas do Brasil. 2ª edição. Nova Odessa, SP: Editora Plantarum, 368 p. 1998.
REVISTA NATUREZA. Árvores Ornamentais. Editora Europa. 82 p. 1997.
https://pt.wikipedia.org (Acesso em julho de 2016)
https://es.wikipedia.org (Acesso em julho de 2016)
http://www.ecologia.misiones.gov.ar (Acesso em julho de 2016)

Ipê amarelo - Handroanthus chrysotrichus

Nome popular: Ipê-amarelo

Nome científico: Handroanthus chrysotrichus

Família: Bignoniaceae


Olá linda árvore. Que nome os cientistas te deram? E como és conhecida nesta querência?
Meu nome é Handroanthus chrysotrichus, sou da família das Bignoniáceas. Por aqui sou conhecida como ipê-amarelo, ipê-amarelo-cascudo ou ipê-tabaco.

Tu és daqui ou de longe? E quais são os teus domínios?
Sou natural da América do Sul. Meus domínios são a Argentina, Brasil, Colômbia e Venezuela. No Brasil estou presente naturalmente nas regiões Sul, Sudeste e parte do Nordeste. Não sou nativa do Pampa, mas já me adaptei muito bem a região de Bagé tchê.

Em que tipo de ambiente tu gostas de viver?
Eu gosto de clima tropical, mas consigo me desenvolver em climas subtropicais.

Estás crescendo. Até que tamanho tu podes atingir?
Eu tenho porte médio e posso atingir até 10 metros de altura.

E como são tuas flores e frutos?
Após perder todas as minhas bonitas e macias folhas em forma de dedinhos, minhas belas flores amarelas surgem no inverno e inicio da primavera, me deixando majestosa. As abelhas e pássaros adoram as minhas flores. Na primavera meus frutos aparecem, em forma de vagens e quando maduros se abrem, liberando as sementes, que podem voar pelo mundo, em busca de novos ambientes. Se quiserem produzir mudas de ipê-amarelo utilizem as minhas sementes.

Como tuas folhas se comportam no outono?
Eu perco todas minhas folhas para economizar energia no frio. Mas não precisam me podar, porque depois minhas folhas crescerão novamente e eu voltarei a ficar exuberante. Além disso, logo após a queda das folhas, minhas flores surgem, então se me podarem atrapalharão o espetáculo que é a minha floração.

E falando sobre poda. Ela é necessária?
Em ambiente natural não precisamos de poda. Nas cidades as pessoas nos podam para que possamos conviver com a infinidade de coisas construídas pelo homem. Para a realização da poda é preciso ter autorização da Secretaria de Meio Ambiente de Bagé, para que os funcionários verifiquem se a poda é mesmo necessária. Uma poda inadequada pode me deixar muito feia e dodói, porque um galho mal cortado não cicatriza, ocasionando uma ferida exposta. Esta ferida é uma porta de entrada para umidade e organismos que me causam doenças, como fungos, cupins e outros. Além disso, os rebrotos que se formam após a poda se quebram facilmente, pois não tem ligação com o “esqueleto” da árvore. Por favor, cuidem de nós com carinho e respeito!

Tu és muito boa para o homem, mas muitas vezes o ser humano não é bom contigo. Que partes tuas são usadas pelo homem e quais os usos?
Como sou muito belíssima, sou utilizada amplamente no paisagismo, principalmente nas cidades. Quando minhas pétalas caem, formam um tapete dourado magnifico. Sou ideal para ser plantada em calçadas acima de 2,6 m, pois tenho raízes profundas e não fico muito alta. Minha madeira é usada para fazer tacos, rodapés, assoalhos, postes, tendo boa resistência ao apodrecimento. Além disso, algumas partes minhas tem aplicação medicinal.

Existe alguma curiosidade sobre o ipê-amarelo que queiras dizer para nós? Vamos, conte teus segredos...
Minha espécie tem inspirado há anos nossos artistas brasileiros, conhecidos ou anônimos, pois minha beleza é universal. Vejam que belo poema:

COPA DOURADA
“Olhando pela janela
O que se vê
É a fronde amarela
De lindos ipês.

O carro corre na estrada
E o olhar se estende
Sobre as copas douradas
Às quais se rende.

São pétalas feitas do ouro
De sonho áureo
Que guarnece o tesouro
Do imaginário.

Não são flores duradouras,
Pois cedo fenecem
E nas estações vindouras
De novo crescem.

Mas, quem há de esquecê-las,
Voando ao léu,
Transformadas em estrelas
De ouro no céu?”

http://netacosta.blogspot.com.br/

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
GRANDTNER, M. M.; CHEVRETTE, J. Dictionary of Trees, Volume 2: South America. Nomenclature, Taxonomy and Ecology. Academic Press, 1172 p. 2013.
LORENZI, H. Árvores Brasileiras. Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas do Brasil. 2ª edição. Nova Odessa, SP: Editora Plantarum, 368 p. 1998.
REVISTA NATUREZA. Árvores Ornamentais. Editora Europa. 82 p. 1997.
https://pt.wikipedia.org (Acesso em julho de 2016)
http://netacosta.blogspot.com.br (Acesso em julho de 2016)

Grevílea - Grevillea robusta

Nome comum: Grevílea
Nome científico: Grevillea robusta
Família: Proteaceae


Olá linda árvore. Que nome os cientistas te deram? E como és conhecida nesta querência?
Meu nome é Grevillea robusta, sou da família das Proteáceas. Por aqui sou conhecida como grevílea.

Tu és daqui ou de longe? E quais são os teus domínios?
Sou natural da Austrália.

Em que tipo de ambiente tu gostas de viver?
Eu gosto de clima subtropical.

Estás crescendo. Até que tamanho tu podes atingir?
Eu fico bem alta, posso atingir de 30 a 35 metros de altura. Como tenho porte grande, devo ser plantada em calçadas largas – acima de 3,6 m – e pátios com bastante espaço.

E como são tuas flores e frutos?
Minhas flores surgem em cachos, como espigas amarelo-alaranjadas. Minhas belas flores são visitadas no inverno e primavera por abelhas e beija-flores, entre outros animais. Os frutos amadurecem na primavera, como cápsulas duras de cor escura, que liberam sementes prontas para voar pelo mundo, em busca de novos ambientes.

Como tuas folhas se comportam no outono?
Eu perco parcialmente minhas folhas para economizar energia no frio. Mas não precisam me podar, porque depois minhas folhas crescerão novamente e não precisa varrer minhas folhas, porque elas viram adubo, alimentando nosso solo.

E falando sobre poda. Ela é necessária?
Em ambiente natural não precisamos de poda. Nas cidades as pessoas nos podam para que possamos conviver com a infinidade de coisas construídas pelo homem. Para a realização da poda é preciso ter autorização da Secretaria de Meio Ambiente de Bagé, para que os funcionários verifiquem se a poda é mesmo necessária. Uma poda inadequada pode me deixar muito feia e dodói, porque um galho mal cortado não cicatriza, ocasionando uma ferida exposta. Esta ferida é uma porta de entrada para umidade e organismos que me causam doenças, como fungos, cupins e outros. Além disso, os rebrotos que se formam após a poda se quebram facilmente, pois não tem ligação com o “esqueleto” da árvore. Por favor, cuidem de nós com carinho e respeito!

Tu és muito boa para o homem, mas muitas vezes o ser humano não é bom contigo. Que partes tuas são usadas pelo homem e quais os usos?
Como sou muito bela, com minha copa densa e colunar, sou utilizada no paisagismo. De jeito nenhum vocês devem podar a parte superior da minha copa, porque se assim o fizerem vão descaracterizar a forma dela. Também sou indicada como quebra-ventos. Minha madeira tem cor castanha-clara, macia, elástica, sendo usada na marcenaria e carpintaria.

Existe alguma curiosidade sobre a grevílea que queiras dizer para nós? Vamos, conte teus segredos...
Vocês sabiam há um bosque de grevílea sem uma cidade do Paraná, chamada de Maringá? O bosque possui 44.600 m2, onde foi plantada apenas a minha espécie. Atualmente há mais de 100 grevíleas adultas. O local é considerado sagrado por católicos da região, pois foram observados fenômenos inexplicáveis, como visões de santos, luzes coloridas e árvores que choram. Uma das pessoas afirma que estava com muita dor, passou o líquido da árvore no peitoe a dor sumiu. Há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe a vã filosofia dos homens, já dizia o escritor inglês William Shakespeare.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
CASAGRANDE, V.; ROMAHN, V. 101 Belas Árvores. Biblioteca Natureza. Editora Europa. 129 p. 2008.
LORENZI, H.; SOUZA, H.M. DE; TORRES, M.A.V. & BACHER, L.B. Árvores Exóticas No Brasil, Madeiras, Ornamentais e Aromáticas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 384 p. 2003.
https://pt.wikipedia.org(Acesso em julho de 2016)
REVISTA NATUREZA. Árvores Ornamentais. Editora Europa. 82 p. 1997.
CANTO, J. L.; SCHNEIDER, P. R. Crescimento da Grevillea robusta A. Cunn. na Depressão Central do Rio Grande do Sul, Brasil. Ciência Florestal, v. 14, n. 2, p. 29-35. 2004.
https://pt.wikipedia.org (Acesso em julho de 2016)
http://blogs.odiario.com (Acesso em julho de 2016)
http://www.maringa.com (Acesso em julho de 2016)

Cipreste-do-mediterrâneo - Cupressus sempervirens

Nome popular: Cipreste-do-mediterrâneo

Nome científico: Cupressus sempervirens

Família: Cupressaceae


Olá linda árvore. Que nome os cientistas te deram? E como és conhecida nesta querência?
Meu nome é Cupressus sempervirens, sou da família das Cupressáceas. Por aqui sou conhecida como cipreste-italiano ou cipreste-do-mediterrâneo.

Tu és daqui ou de longe? E quais são os teus domínios?
Sou natural da Europa, norte da África e Ásia. Meus domínios são o sul da Europa, Líbia, Tunísia, ilhas do Mediterrâneo, Ásia Menor e Rússia. No Brasil minha espécie está presente principalmente no Sul do país.

Em que tipo de ambiente tu gostas de viver?
Eu vivo principalmente em clima temperado. Eu gosto de locais frios no inverno, como o daqui de Bagé.

Estás crescendo. Até que tamanho tu podes atingir?
Eu fico bem alta, posso atingir até 30 metros de altura. Minha copa é em forma de pirâmide ou colunar. De jeito nenhum vocês devem podar a parte superior da minha copa, porque se assim o fizerem vão descaracterizar a forma dela. Por isso, não devo ser plantada abaixo da fiação elétrica.

E como são tuas flores e frutos?
Sou do grupo das coníferas, espécies de árvores que dentre as várias características produzem frutos em forma de cone, como pinheiros, sequóias e outras espécies. No meu caso, esta estrutura é mais arredondada, formando bolinhas duras e marrons, que parecem enfeites de Natal. Se quiserem produzir mudas de cipreste utilizem as minhas sementes, ou por estacas das pontas de meus ramos.

Como tuas folhas se comportam no outono?
O meu próprio nome explica como são minhas folhas, sempervirens quer dizer sempre verde. No ano inteiro tenho minhas folhas sempre verdinhas.

A poda é necessária para as árvores urbanas?
Em ambiente natural não precisamos de poda. Nas cidades as pessoas nos podam para que possamos conviver com a infinidade de coisas construídas pelo homem. Para a realização da poda é preciso ter autorização da Secretaria de Meio Ambiente de Bagé, para que os funcionários verifiquem se a poda é mesmo necessária. Uma poda inadequada pode me deixar muito feia e dodói, porque um galho mal cortado não cicatriza, ocasionando uma ferida exposta. Esta ferida é uma porta de entrada para umidade e organismos que me causam doenças, como fungos, cupins e outros. Além disso, os rebrotos que se formam após a poda se quebram facilmente, pois não tem ligação com o “esqueleto” da árvore. Por favor, cuidem de nós com carinho e respeito!

Tu és muito boa para o homem, mas muitas vezes o ser humano não é bom contigo. Que partes tuas são usadas pelo homem e quais os usos?
Como sou muito bela, sou utilizada no paisagismo. Atualmente tenho sido usada como barreira para conter incêndios florestais, em função das características da minha espécie, como grande quantidade de água nas folhas e ramos, forma da minha copa, entre outras. Também sou indicada como quebra-ventos. Minha madeira é durável, aromática e é utilizada na fabricação de roupeiros.

Existe alguma curiosidade sobre o cipreste que queiras dizer para nós? Vamos, conte teus segredos...
Em muitas culturas o cipreste tem sido associado com o renascimento e a vida eterna. Minha madeira era usada para construir caixões para guerreiros gregos e sarcófagos no Egito.  Nossa espécie vive bastante, algumas de nós tem mais de mil anos. Pela associação com a eternidade, era tradição dos povos da minha região de origem utilizar o cipreste para decorar enterros e ser plantada em cemitérios, simbolizando o consolo e conforto para a vida após a morte. Eu produzo um óleo que tem uma série de aplicações medicinais. Além disso, meu óleo ajuda na parte emocional das pessoas, pois as pessoas que inalam meu óleo ficam mais calmas, menos estressadas, e eu ajudo a tornar o processo de perdas emocionas menos doloroso. Viu como somos amigas do homem, podemos ser grandes parceiras até nos momentos tristes!

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
CASAGRANDE, V.; ROMAHN, V. 101 Belas Árvores. Biblioteca Natureza. Editora Europa. 129 p. 2008.
LORENZI, H.; SOUZA, H.M. DE; TORRES, M.A.V.; BACHER, L.B. Árvores Exóticas No Brasil, Madeiras, Ornamentais e Aromáticas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 384 p. 2003.
REVISTA NATUREZA. Árvores Ornamentais. Editora Europa. 82 p. 1997.
https://pt.wikipedia.org(Acesso em julho de 2016)
http://www.bbc.com(Acesso em julho de 2016)
http://medicinaraizeira.blogspot.com.br(Acesso em julho de 2016)

Cinamomo - Melia azedarach


Nome popular: Cinamomo

Nome científico: Melia azedarach

Família: Meliaceae


Olá linda árvore. Que nome os cientistas te deram? E como és conhecida nesta querência? 
Meu nome é Melia azedarach, sou da família das Meliáceas. Por aqui sou conhecida como cinamomo.

Tu és daqui ou de longe? E quais são os teus domínios?

 Sou natural da Ásia e Oceania. Em estado nativo sou facilmente encontrada nas matas quentes e úmidas do sudeste asiático. Atualmente estou presente em vários locais do mundo, inclusive no Brasil.

Em que tipo de ambiente tu gostas de viver?
 
Eu gosto principalmente de clima tropical e subtropical.

Estás crescendo. Até que tamanho tu podes atingir?

 Eu cresço rápido e fico bem alta, posso atingir até 20 metros de altura. Como tenho grande porte e possuo raízes superficiais que se desenvolvem bastante, não devo ser plantada em calçadas, apenas em pátios com bastante espaço e longe de construções.

E como são tuas flores e frutos?
 
Minhas flores surgem em cachos e possuem um tom róseo e lilás, com um cheiro agradável, levemente adocicado. Os meus frutos são como bolinhas beges, que passam boa parte do ano presas em mim. Meus frutos são muito apreciados pelos pássaros. Mas cuidado! Eles são muito tóxicos para os humanos e os suínos. Por isso, pensem muito bem se querem me plantar em locais onde circulam crianças, por exemplo, pois infelizmente meus filhinhos podem intoxicá-las.

Como tuas folhas se comportam no outono?
 
Eu perco minhas folhas para economizar energia no frio. Mas não precisam me podar, porque depois minhas folhas crescerão novamente e não precisa varrer minhas folhas, porque elas viram adubo, alimentando nosso solo.

E falando sobre poda. Ela é necessária?

Em ambiente natural não precisamos de poda. Nas cidades as pessoas nos podam para que possamos conviver com a infinidade de coisas construídas pelo homem. Para a realização da poda é preciso ter autorização da Secretaria de Meio Ambiente de Bagé, para que os funcionários verifiquem se a poda é mesmo necessária. Uma poda inadequada pode me deixar muito feia e dodói, porque um galho mal cortado não cicatriza, ocasionando uma ferida exposta. Esta ferida é uma porta de entrada para umidade e organismos que me causam doenças, como fungos, cupins e outros. Além disso, os rebrotos que se formam após a poda se quebram facilmente, pois não tem ligação com o “esqueleto” da árvore. Por favor, cuidem de nós com carinho e respeito!

Tu és muito boa para o homem, mas muitas vezes o ser humano não é bom contigo. Que partes tuas são usadas pelo homem e quais os usos?
 
Aqui na região eu sou a espécie que mais sofre com as podas mutiladoras. Não consigo entender porque me fazem tanto mal, se eu dou uma sombra magnífica, amenizando o calorão do verão. A minha madeira é usada principalmente para lenha. Contudo, na cidade as árvores têm muitos outros papéis, do que apenas queimar no calor de seus fogões e lareiras. As árvores auxiliam no combate da poluição, produção de oxigênio, proporcionam uma temperatura agradável, servem de alimento para outros seres vivos, embelezamento da cidade, entre muitas outras funções.  

Existe alguma curiosidade sobre ocinamomo que queiras dizer para nós? Vamos, conte teus segredos...
Minha espécie é uma grande parceira do povo gaúcho, e vejam só, somos homenageadas em belas canções como esta:

Flor De Cinamomo
(André Teixeira, Edilberto Teixeira)

Quando o vento galopeia
Pelo campo e, como um potro,
Deixa o peão de chapéu torto
Lagarteando na soleira,
Suas flores saem rolando
E vão, sem rumo, se enredando
Nos cavacos da lenheira!

E a copa dos cinamomos
Que da estância é a ante-sala,
A gingar, se despetala
Dos seus pássaros cantores.
Sua galharia se arrufa
Com o moleque lufa-lufa
Do chuvisqueiro das flores.

Linda flor de cinamomo
Que tem pétalas de espora
Sai rolando pátio a fora
Campeando o que não perdeu.
A vassoura é quem te espera,
Faz de conta, a primavera
No meu peito não morreu.

Pelo intenso movimento
De sua linda floração
São levadas pelo vento
Como uma chuva de verão.

Com o tapete de estrelinhas
Todo o chão fica azulado
Como um céu que foi pintado
Libado pelas abelhas.
Lindo é ver o peão caseiro
A dançar pelo terreiro
Varrendo o cisco de estrelas.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
LORENZI, H.; SOUZA, H.M. DE; TORRES, M.A.V. & BACHER, L.B. Árvores Exóticas No Brasil, Madeiras, Ornamentais e Aromáticas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 384 p. 2003.
https://pt.wikipedia.org (Acesso em julho de 2016)
https://youtube.com (Acesso em julho de 2016)
http://www.notisul.com.br(Acesso em julho de 2016)
http://flores.culturamix.com(Acesso em junho de 2016)