Adaptado de Natasha Romanzoti - hypescience
3 – Barriguda, paineira ou árvore do algodão de ceda
4 – Baobá, árvore-de-pão-de-macaco
6 – Espatódea, Bisnagueira, Tulipeira
7 – Jacarandá
No mundo inteiro, existem árvores extremamente fantásticas que parecem vir de outro planeta; exóticas, perfumadas, fecundas, ou simplesmente lindas. Que tal fazer uma pausa e se recostar sobre a sombra de alguns desses seres vivos excepcionais?
1 – Sangue de Dragão
Provavelmente a mais sobrenatural e misteriosa de todas, a árvore de sangue de dragão tem a paisagem de aparência mais alienígena da Terra. A resina vermelha que a árvore produz é usada em batons, magia ritual e alquimia. Em rituais de vodu, parece atrair amor ou dinheiro (nunca os dois, já sabe né) ou pode simplesmente ser usada para refrescar o hálito ou como pasta de dente.
2 – Abricó-de-macaco ou bola-de-canhão
A árvore apropriadamente chamada de bola-de-canhão, comum a partes do norte da América do Sul e Caribe, muitas vezes exige uma placa de alerta embaixo dela: seus frutos podem cair quando maduros, e uma vez que têm mais de dez centímetros de diâmetro, podem facilmente matar um homem. Não é legal plantar essas árvores perto de calçadas e ruas. Mas se conseguir chegar perto, entretanto, você terá uma grande visão de suas flores incríveis.
3 – Barriguda, paineira ou árvore do algodão de ceda
Outra árvore com flores exóticas fantásticas é a paineira, também conhecida como árvore do algodão de seda. Essa árvore pertence a uma família de baobá, é originária da Índia e traz muita cor para as ruas do Oriente Médio e Ásia (especialmente Israel e Índia). Tem grandes flores vermelhas, tão intensamente coloridas que quase parecem ser feitas de plástico. Aparentemente, essa árvore magnífica pode ser cultivada em miniatura, como uma árvore de bonsai, a partir de uma única semente plantada (esquerda). À direita, outra da família, Bombax ellipticum, em forma de concha de tartaruga.
Um tipo de árvore Bombax ainda tem uma história sinistra associada a ela: de acordo com o folclore de Trinidad e Tobago, o “Castelo do Diabo” é uma árvore do algodão de seda que cresce nas profundezas da floresta em que Bazil, o demônio da morte, foi preso por um carpinteiro. Segundo a lenda, o carpinteiro enganou o diabo para entrar na árvore (na qual ele esculpiu sete quartos, um acima do outro), e Bazil ainda reside lá.
Por último, essas árvores ainda podem ter raízes enormes, como as da foto abaixo, um emaranhado incrível no lago Camecuaro, no México.
4 – Baobá, árvore-de-pão-de-macaco
Falando de baobás, a árvore-de-pão-de-macaco pode vir em muitas formas estranhas, como o formato de garrafa da foto da direita, ou pode alcançar o céu com a raiz nua, como galhos, criando a ilusão de ser plantada de “cabeça para baixo” (à esquerda).
Baobás armazenam muita água em seus troncos inchados: até 120.000 litros. Alguns troncos vazios eram tão grandes que foram rotineiramente usados como prisões na Austrália Ocidental. Em uma árvore, podia caber até 5 pessoas dentro.
E porque esse nome? Pão de macaco? Complicado dizer. Os frutos da árvore são também chamados de “frutas de Judas” (a fruta tem 30 sementes dentro, como 30 “moedas de prata”). As flores brancas (direita) são polinizadas por morcegos.
Como presente, as foto abaixo foram tiradas no local onde essas árvores podem ser melhor fotografadas, em Madagascar.
5 – Figueira-de-bengala
Essa é uma figueira enorme, com uma sombra maravilhosa: a árvore Banyan (Ficus benghalensis) é a árvore nacional da Índia, também chamada de figueira-de-bengala. No país, as pessoas adoram esta árvore, vagando entre suas poderosas raízes aéreas: ela pode crescer tanto quanto um quarteirão inteiro, como, por exemplo, a Grande Árvore Banyan, que por si só é uma floresta (sim, a foto abaixo é de uma única árvore).
Em um ponto da história, essa era a maior árvore do mundo em termos de área da copa; uma estrada de 330 metros de comprimento foi construída em torno de sua circunferência, mas a árvore continua a se espalhar para além dela. A circunferência de todo o complexo de árvores cultivadas a partir de um ancestral central – ainda muito vivo e com tudo conectado a ele – é medida em quilômetros.
6 – Espatódea, Bisnagueira, Tulipeira
A bisnagueira, tulipeira-do-gabão, espatódea ou chama-da-floresta tem o potencial de se tornar uma espécie invasora, mas muitas vezes é plantada em áreas urbanas. Quem sabe um dia veremos uma cidade inteira tomada por essas grandes florações laranjas. As sementes dessa espécie também são polinizadas por morcegos (e acredita-se que crianças usem seus botões para brincar de esguichar água uns nos outros). As flores podem ser um pouco irritantes, mas a árvore em si tem uma forma muito bonita.
7 – Jacarandá
Joia da Austrália e da Nova Zelândia, a árvore Jacarandá tem belas flores roxas.
Conheça também árvores com formas esquisitas, moldadas pelo vento, ou por outros elementos naturais…
…ou moldadas por seres humanos!
Mesmo árvores mortas podem ser bastante expressivas:
Imagem do que é provavelmente a árvore mais encantadora do mundo. Para quem é fã de Tolkien (autor de O Hobbit e Senhor dos Anéis), dá quase para ouvir o canto dos elfos, não?
E por fim, fique com as imagens de um dos exemplares do maior cajueiro do mundo, e ele é brasileiro!
O maior cajueiro do mundo, também conhecido como Cajueiro de Pirangi, está localizado na Praia de Pirangi do Norte no município de Parnamirim, à 12 km ao sul da capital Natal, no estado brasileiro do Rio Grande do Norte. A árvore cobre uma área de aproximadamente 8500 m², com um perímetro de aproximadamente 500 m e produz cerca de oitenta mil cajus por ano. O cajueiro foi plantado em 1888, por um pescador chamado Luiz Inácio de Oliveira; o pescador morreu, com 93 anos de idade, sob as sombras do cajueiro.
O crescimento da árvore é explicado pela conjunção de duas anomalias genéticas. Primeiro, em vez de crescer para cima, os galhos da árvore crescem para os lados. Com o tempo, por causa do próprio peso, os galhos tendem a se curvar para baixo, até alcançar o solo. Observa-se, então, a segunda anomalia: ao tocar o solo, os galhos começam a criar raízes, e daí passam a crescer novamente, como se fossem troncos de uma outra árvore. A repetição desse processo causa a impressão de que existem vários cajueiros, mas na realidade trata-se de dois cajueiros. O maior, que sofre da mencionada anomalia, cobre aproximadamente 95% da área do parque. Cxiste também um outro cajueiro, plantado alguns poucos anos antes, que não sofre da anomalia.
O tronco principal divide-se em cinco galhos; quatro desses galhos sofreram a alteração genética, criaram raízes e troncos que deram origem ao gigantismo da árvore. Apenas um dos galhos teve comportamento normal, e parou de crescer após alcançar o solo; os habitantes do local apelidaram esse galho de "Salário Mínimo". As raízes do cajueiro podem chegar a 10m de profundidade.
Em 1955, a histórica revista O Cruzeiro batizou o cajueiro de "O Polvo" e definiu o fenômeno como uma "sinfonia inacabada" de "galhos lançados em progressão geométrica". À época, a planta tinha 2 mil m2 de área. Em 1994, o cajueiro entrou para o Guiness Book.
Existe um mirante no próprio cajueiro que é muito frequentado por turistas. Dele, se tem uma visão panorâmica do cajueiro e da praia de Pirangi do Norte.
(Textos: Wikipédia, Natasha Romanzoti, Fotos (cajueiro): google.com.br