segunda-feira

Ficus elastica Roxb. ex Hornem


Nome popular: Seringueira-de-jardim, Gameleira, Falsa-seringueira
Nome científico: Ficus elastica Roxb. ex Hornem.
Família: Moraceae
Origem e distribuição: Ásia tropical, Indonésia, Índia, Malásia e Myanmar

Etimologia

Ficus do latim para sfukon ou sycon=figo, nome antigo para figueiras. elastica do latim elasticus = gomoso, por produzir látex para borracha natural.

Curiosidades

               Ficus elastica, também conhecida como seringueira-da-índia (India Rubber) em seu País de ocorrência natural (embora suas origens geográficas não sejam claras) era uma fonte importante de látex no início do século 19 e foi amplamente cultivada na Ásia tropical.
            Como todas as figueiras, F. elastica é dependente de minúsculas vespas altamente específicas para polinização. Muitos estudos realizados em Cingapura em 1930 sugeriram que através da perda de seu polinizador, F. elastica estava extinta na natureza. No entanto, cerca de 2.005 mudas selvagens de F. elastica começaram a surgir em Cingapura. Foi identificado uma microvespa como o polinizador responsável (Platyscapa clavigera), originalmente descrita a partir de F. elastica em Bogor em 1885. Uma visita ao Jardim Botânico de Bogor revelou que não apenas F. elastica estava sendo polinizada por P. clavigera nos jardins, mas havia evidências claras de que a espécie estava se reproduzindo naturalmente há muitas décadas. Embora Cingapura tenha uma flora nativa de figueiras com mais de 50 espécies, F. elastica ficou sem polinização por pelo menos 70 anos e provavelmente a partir do momento em que foi introduzida durante o século XIX novamente. Essas observações ilustram a extraordinária especificidade dessa interação entre plantas e insetos e, por meio da capacidade de a figueira esperar por seus polinizadores, demonstra uma maneira pela qual tais interações altamente específicas podem ser evolutivamente estáveis.

Aspectos ecológicos

Árvore que pode chegar a 30 metros de altura.

Informações botânicas

Apresenta exsudação leitosa e abundante, a copa é globosa, apresenta troncos curtos com diâmetro elevado e presença de raízes aéreas que normalmente formam troncos secundários ao atingirem o solo. O ritidoma varia de castanho a acinzentado, normalmente áspero com presença de lenticelas. As folhas são simples, alternas, dísticas, elípticas a ovadas medindo até 30 cm de comprimento e 12 cm de largura. O ápice das folhas varia de obtuso a arredondados e curto-acuminados e a base da folha obtusa a arredondada; margens inteiras, espessadas. As flores masculinas e femininas estão incluídas no sicônio. Os frutos são sicônios que crescem aos pares de até 2 cm de comprimento, oblongóides, avermelhados quando maduros.

Fenologia e reprodução

Árvore sempre verde, planta monóica, floresce e frutifica de novembro a fevereiro, sua dispersão é realizada por aves, polinizada pela vespa Platyscapa clavigera (Mayr 1885), identificada primeiramente como Blastophaga clavigera Mayr, 1885 sem ocorrência no Brasil. É propagada facilmente por estaquia e alporquia.

Características e usos da árvore

Pode ser utilizada na arborização urbana por sua sombra. É uma espécie de rápido crescimento que pode alcançar grandes áreas em regiões temperadas e tropicais. Pode ser plantada em vasos, para interiores. Resiste bem à poda, a densidade da madeira é baixa tornando-a leve e flexível, podendo servir para produção de pequenas esculturas.

Outros usos

Produção de borracha natural.

Saiba mais sobre as figueiras

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Nome comum                          Nome científico

abacateiro Persea americana
alfeneiro Ligustrum lucidum
ameixeira Eriobotrya japonica 
amoreira Morus nigra
araucária Araucaria cunninghamii
areca-bambu Dypsis lutescens
aroeira-pimenteira Schinus terebinthifolia
assa-peixe Vernonia polysphaera
cacaueiro Theobroma cacao
chapéu-de-sol Terminalia catappa
cheflera Schefflera actinophylla
cica Cycas circinalis
cipreste Cupressus sp.
cipreste Cupressus sempervirens
espatódea Spathodea nilotica
eucalipto Eucalyptus resinifera
falso-barbatimão Cassia leptophylla
ficus Ficus elastica
ficus-benjamina Ficus benjamina
flamboyant Delonix regia
goiabeira Psidium guajava
ipê-amarelo-cascudo Tabebuia chrysotricha
ipê-branco Tabebuia roseoalba
Ipê-rosa Tabebuia avellanedae
jabuticabeira Plinia trunciflora
jaqueira Artocarpus heterophyllus
jasmim-manga Plumeria rubra 
jequitiba-branco Cariniana estrellensis
jerivá Syagrus romanzoffiana
junípero Juniperus communis
laranjeira Citrus sinensis
leucena Leucaena leucocephala
manacá-da-serra Tibouchina mutabilis
mangueira Mangifera indica
mexiriqueira Citrus reticulata         Saiba +
murta Murraya paniculata
paineira-rosa Ceiba speciosa
palmeira-beatriz Archontophoenix alexandrae
palmeira-leque-da-china Livistona chinensis 
pata-de-vaca Bauhinia sp.
pata-de-vaca Bauhinia variegata
pau-brasil Caesalpinia echinata        Saiba +
pau-d'álho Gallesia integrifolia
pau-ferro Caesalpinia ferrea
pau-formiga Triplaris americana
pau-incenso Pittosporum undulatum
pau-mulato Calophyllum brasiliense
pinus Pinus sp.
pitangueira Eugenia uniflora
quaresmeira Tibouchina granulosa
resedá Lagerstroemia indica
romã Punica granatum
seafortia Archontophoenix cunninghamii 
sibipiruna Caesalpinia pluviosa
siraricito Cojoba sophorocarpa 
tamareira Phoenix roebelenii
tipuana Tipuana tipu
uva-japonesa Hovenia dulcis

Bibliografia consultada

FLORA DO BRASIL. Moraceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: . Acesso em: 28 Mar. 2018.

R. D. Harrison, K. Y. Chong, N. M. Pham, A. T. K. Yee, C. K. Yeo, H. T. W. Tan, J. Y. Rasplus.  Pollination of Ficus elastica: India rubber re-establishes sexual reproduction in Singapore Scientific Reports, volume 7, Article number: 11616 (2017) Disponível em: https://www.nature.com/articles/s41598-017-09873-z
SILVA JÚNIOR, M.C. 100 Árvores Urbanas -  Brasília: GUIA DE CAMPO. Brasília: editora Rede de Sementes do Cerrado, 2010. 280 p.

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