Nome popular: Cajueiro
Nome científico: Anacardium occidentale
Família: Anacardiaceae
Origem: Brasil
Etimologia
Aspectos ecológicos
Planta decídua, espontânea em
muitas regiões da costa norte e nordeste do país, onde forma pequena árvore.
Cresce normalmente em quase todos os solos secos, entretanto dificilmente
produz frutos em solos argilosos. Produz anualmente grande quantidade de
sementes viáveis, prontamente disseminadas pela fauna.
Informações botânicas
É uma árvore de 2-10 m de altura com tronco
tortuoso de 25-40 cm de diâmetro. Algumas vezes pode prostar os seus ramos e
dar origem a uma “nova planta”. Suas folhas são coriáceas, e suas flores
pequenas, perfumadas e de coloração vermelha a púrpura. O pedicelo
superdesenvolvido e suculento é geralmente confundido com o fruto, mas, na
verdade, a castanha é o verdadeiro fruto. No mesocarpo do fruto contém um
óleo-resina cáustica, conhecido com LCC (líquido da castanha de caju); no seu
interior se encontra uma amêndoa oleaginosa comestível. Seu tronco exsuda uma
secreção gomosa, que fica sólida depois de seca, denominada resina-de-cajueiro.
Características e usos da madeira
Sua madeira é leve, forte e
de longa durabilidade. É apropriada para construção civil, serviços de torno,
carpintaria e marcenaria, confecção de cabos de ferramentas agrícolas, cepas de
tamancos e caixotaria.
Outros usos
A árvore é muito cultivada em
quase todo o país e no exterior para obtenção de seu pseudofruto (caju), e de
suas castanhas exportadas para quase todo o mundo. O caju é consumido in natura, na forma de sucos, sorvetes e
doces caseiros. O suco de seu pseudofruto é industrializado e altamente
apreciado em todo país; A casca da castanha fornece um óleo industrial. É
planta indispensável nos pomares caseiros da costa litorânea. As flores são
melíferas.
A goma purificada é usada
pela indústria farmacêutica como agregante em comprimidos no lugar da goma
arábica produzida na África. Nas práticas de medicina caseira são usadas
preparações de uso oral, feitas com a entrecasca, a goma e o LCC, de acordo com
a tradição tidas como antidiabética, adstringente, antidiarreica, depurativa,
tônica e antiasmática.
Referências bibliográficas
LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de
identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil. 4 ed. Nova Odessa:
Instituto Plantarum, 1992.
LORENZI, H.; SARTORI, S. F.; BACHER, L. B.;
LACERDA, M. T. C. Frutas brasileiras e exóticas cultivadas (de consumo in
natura). São Paulo – SP; Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2006
LORENZI, H.: MATOS, F. J. A. Plantas medicinais
no Brasil nativas e exóticas. Nova Odessa – SP: Instituto Plantarum, 2002.
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