Nome popular: Ipê rosa, ipê-roxo.
Nome científico: Tabebuia avellanedae
Família: Bignoniaceae
Origem: Brasil
Sinonímia botânica: Tabebuia heptaphylla
Etimologia
Tabebuia, do tupi, significa pau que
não afunda; Heptaphylla: hepta = sete, prefixo grego e phyllon = folha,
com sete folíolos.
Aspectos ecológicos
Planta característica da mata
primária na floresta pluvial atlântica, sua dispersão é ampla, porém bastante
esparsa. Produz anualmente razoável quantidade de sementes que são disseminadas
pelo vento.
Informações botânicas
Árvore de até 30 m de altura,
podendo atingir 90 cm de diâmetro. Os ramos tortuosos e grossos formam uma copa
moderadamente ampla e globosa. O tronco, mais ou menos reto e cilíndrico,
possui casca pouco espessa e de coloração pardo-cinzenta.
As raízes são vigorosas e
profundas, as folhas apresentam coloração verde-escura, com bordas serrilhadas.
A flor, roxo-violácea, é
pouco pilosa e muito abundante, nascendo nos ramos ainda sem folhas. O fruto,
seco e deiscente, é linear ou sinuoso, estriado, muito longo, e pode atingir
até mais de 50 cm, de coloração preta. As cápsulas são semelhantes a uma vagem
estreita e comprida, atenuada pra dentro. As sementes aparecem em grande
quantidade e são grandes e aladas. Medem de 2,5 a 3 cm de comprimento e cerca de
6 a 7 mm de largura, são acastanhadas e membranáceas mais ou menos brilhantes.
(LONGHI, 1995).
Características e usos da madeira
A madeira do ipê é pesada,
duríssima, resistente, indefinidamente durável sob quaisquer condições. A
madeira é própria para obras externas, PAULA & ALVES (1997) sugerem o uso
da madeira de ipê-roxo para dormentes, tacos, portais, postes, eixos de roda,
na construção civil como vigas, por exemplo, e na construção naval como quilhas
de navio. Segundo JANKOWSKY et al. (1990), a madeira do gênero Tabebuia pode ser usada para mobiliário,
batentes, instrumentos musicais, degraus de escada, bolas de boliche entre
outros.
Outros usos
O ipê-roxo é muito usado em
medicina popular. Da entrecasca faz-se um chá que é usado no tratamento de gripes
e depurativo do sangue. As folhas são utilizadas contra úlceras sifilíticas e
blenorrágicas. A espécie também tem propriedades anticancerígenas,
anti-reumáticas e antianêmicas (CARVALHO, 2003). A casca da espécie está entre
os produtos amazônicos, com reconhecido poder medicinal, mais procurados.
Segundo Bragança (1996), citado por NETO & MORAIS (2003), o ipê-roxo também
é usado como recurso medicinal no estado do mato Grosso para tratamento de
diabetes mellitus.
A espécie é bastante
ornamental pela coloração de rosa e lilás intenso, sendo muito utilizado em
praças, jardins públicos e na arborização de ruas, avenidas, estradas e
alamedas e também em recomposição de mata ciliar. Em reflorestamentos é
utilizada na reposição de mata ciliar para locais sem inundações (CARVALHO,
2003).
Apesar de ser indicada para
arborização urbana, esta árvore não é recomendada para o uso em calçadas
estreitas (< 2,5 m), em locais com fiação aérea e ausência de recuo predial,
isto porque a espécie atinge, na fase adulta, de 5 a 8 metros de altura com o
raio da copa variando em torno de 04 a 05 metros.
Referências bibliográficas
LONGHI,R.A. Livro das
árvores; árvores e arvoretas do Sul. 2.ed., Porto Alegre: L&PM, 1995, 176p.
PAULA,J.E.;ALVES,J.LH.
Madeiras nativas: anatomia, dendrologia, dendrometria, produção, uso. Brasília;
Fundação Mokiti Okada, 1997. 541p.
CARVALHO, P.E.R. Espécies
arbóreas brasileiras. Colombo: Embrapa Florestas, 2003. V.1
LORENZI, H. Árvores
brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil. 4
ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002. v.1, 368 p.
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