sexta-feira

Árvore: 112

Nome popular: Ipê rosa, ipê-roxo.
Nome científico: Tabebuia avellanedae
Família: Bignoniaceae
Origem: Brasil
Sinonímia botânica: Tabebuia heptaphylla

Etimologia
Tabebuia, do tupi, significa pau que não afunda; Heptaphylla: hepta = sete, prefixo grego e phyllon = folha, com sete folíolos.

Aspectos ecológicos
Planta característica da mata primária na floresta pluvial atlântica, sua dispersão é ampla, porém bastante esparsa. Produz anualmente razoável quantidade de sementes que são disseminadas pelo vento.

Informações botânicas
Árvore de até 30 m de altura, podendo atingir 90 cm de diâmetro. Os ramos tortuosos e grossos formam uma copa moderadamente ampla e globosa. O tronco, mais ou menos reto e cilíndrico, possui casca pouco espessa e de coloração pardo-cinzenta.
As raízes são vigorosas e profundas, as folhas apresentam coloração verde-escura, com bordas serrilhadas.
A flor, roxo-violácea, é pouco pilosa e muito abundante, nascendo nos ramos ainda sem folhas. O fruto, seco e deiscente, é linear ou sinuoso, estriado, muito longo, e pode atingir até mais de 50 cm, de coloração preta. As cápsulas são semelhantes a uma vagem estreita e comprida, atenuada pra dentro. As sementes aparecem em grande quantidade e são grandes e aladas. Medem de 2,5 a 3 cm de comprimento e cerca de 6 a 7 mm de largura, são acastanhadas e membranáceas mais ou menos brilhantes (LONGHI, 1995).
Características e usos da madeira
A madeira do ipê é pesada, duríssima, resistente, indefinidamente durável sob quaisquer condições. A madeira é própria para obras externas, PAULA & ALVES (1997) sugerem o uso da madeira de ipê-roxo para dormentes, tacos, portais, postes, eixos de roda, na construção civil como vigas, por exemplo, e na construção naval como quilhas de navio. Segundo JANKOWSKY et al. (1990), a madeira do gênero Tabebuia pode ser usada para mobiliário, batentes, instrumentos musicais, degraus de escada, bolas de boliche entre outros.
Outros usos
O ipê-roxo é muito usado em medicina popular. Da entrecasca faz-se um chá que é usado no tratamento de gripes e depurativo do sangue. As folhas são utilizadas contra úlceras sifilíticas e blenorrágicas. A espécie também tem propriedades anticancerígenas, anti-reumáticas e antianêmicas (CARVALHO, 2003). A casca da espécie está entre os produtos amazônicos, com reconhecido poder medicinal, mais procurados. Segundo Bragança (1996), citado por NETO & MORAIS (2003), o ipê-roxo também é usado como recurso medicinal no estado do mato Grosso para tratamento de diabetes mellitus.
A espécie é bastante ornamental pela coloração de rosa e lilás intenso, sendo muito utilizado em praças, jardins públicos e na arborização de ruas, avenidas, estradas e alamedas e também em recomposição de mata ciliar. Em reflorestamentos é utilizada na reposição de mata ciliar para locais sem inundações (CARVALHO, 2003).
Apesar de ser indicada para arborização urbana, esta árvore não é recomendada para o uso em calçadas estreitas (< 2,5 m), em locais com fiação aérea e ausência de recuo predial, isto porque a espécie atinge, na fase adulta, de 5 a 8 metros de altura com o raio da copa variando em torno de 04 a 05 metros.

Referências bibliográficas
LONGHI,R.A. Livro das árvores; árvores e arvoretas do Sul. 2.ed., Porto Alegre: L&PM, 1995, 176p.
PAULA,J.E.;ALVES,J.LH. Madeiras nativas: anatomia, dendrologia, dendrometria, produção, uso. Brasília; Fundação Mokiti Okada, 1997. 541p.
CARVALHO, P.E.R. Espécies arbóreas brasileiras. Colombo: Embrapa Florestas, 2003. V.1

LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil. 4 ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002. v.1, 368 p.

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