Nome Científico: Bertholletia
excelsa Bonpl.
Família: Lecythidaceae.
Nomes
Comuns: Castanha-do-Pará, Castanha, Castanheira,
Castanha-Verdadeira, Castanheiro, Castanha-do-Brasil, Amendoeira da América.
Ocorrência: Estende-se
desde o Estado do Maranhão e Mato Grosso (vale do rio Papagaio) até 10º de
latitude através dos Estados do Pará (região de Alenquer, Almeirim, Óbidos e
todos os terrenos banhados pelo rio Trombetas e seus afluentes); fronteira com
o Suriname (vale do rio São João e cordilheira do Tumucumaque), do Amazonas
(Vale dos rios Madeira, Maués, Purus, Negro e Solimões até o vale do Orenoco
e altos rios Marimari e Abacaxi), região de Tocantins, nos vales do Curuá e
Pará, Rondônia e Acre. É encontrada ainda no Peru, Guianas, Venezuela e
Bolívia. É encontrada principalmente em mata alta de terra firme, solo
argiloso, argilo-arenoso ou argilo-silicoso.
Características
Morfológicas: Árvore de porte
majestoso e frondoso, dominante na região onde se encontra, copa grande e
aberta, fuste reto, cilíndrico, desprovido de folhas até o fronde, casca
marrom, escura e fendilhada. Altura de 30-50 m, excepcionalmente 60 m, com
tronco apresentando de 100-180 cm de diâmetro. Folhas simples, oblongas ou
ovado-oblongas de 25-40 cm de comprimento e 15 cm de largura, glabras, parte
superior verde-oliva e inferior verde-pálido, caducas, formando camada densa
sobre o solo. Inflorescência em panículas terminais eretas até 20 cm de comprimento.
Flores sésseis, grandes, aromáticas, com seis pétalas brancas. O fruto (ouriço)
é um pixídio lenhoso, globoso, ligeiramente deprimido, quase esférico, de
tamanho e peso variável, com uma pequena cicatriz opercular, porém indeiscente,
as sementes (castanhas) são angulosas, agudas, mais ou menos triangulares. Das
castanhas extrai-se até 67% de um óleo excelente para cozinhar e saboaria fina.
Informações Ecológicas:
Árvore
muito útil para reflorestamentos. Planta semidecídua, heliófita, característica
da mata alta de
terra firme (não inundável) de toda Amazônia. É planta social, ocorrendo em
determinados locais em grande freqüência e formando os chamados “castanhais”,
porém sempre em associação com outras espécies de grande porte.
Fenologia: Floresce durante
os meses de novembro a fevereiro. Seus frutos amadurecem no período de dezembro
a março. Seus frutos precisam de 15 meses para amadureceram.
Obtenção de Sementes:
Recolher
os ouriços (frutos) no chão após sua queda espontânea. Em seguida retirar as
sementes dos frutos através da quebra do invólucro lenhoso. Um quilograma de
sementes contém, aproximadamente, entre 70-80 unidades. Sua viabilidade em
armazenamento é curta, não ultrapassando 5 meses. Seu fruto pesa entre 500 a 1500
gramas e contém 15-24 sementes (castanhas).
Superação da
Dormência:
Suas
sementes apresentam dormência variável dependendo da origem, e necessitam de
tratamento antes da semeadura. Geralmente está associada à impermeabilidade do
tegumento. Faz-se a imersão em água por 24 horas, e em seguida retira-se o
tegumento com prensa, faca ou estilete. Há o método da retirada da casca mais o
tratamento com acetato fenil mercúrio, e outra alternativa é enfraquecer
mecanicamente a casca para permitir a entrada de água.
Produção de Mudas:
A
capacidade de germinação é mediana. O início da germinação se dá a partir do
vigésimo dia e o pique da germinação (75%) ocorre aos 70 dias. Entretanto em
condições naturais a emergência pode demorar de 6 a 18 meses. Colocar as
sementes para germinar, logo que colhidas, diretamente em embalagens
individuais mantidas em ambiente sombreado e contendo substrato argilo-arenoso.
O desenvolvimento das mudas, bem como das plantas no campo é lento, chega a
frutificar aos 8 anos, porém somente aos 12 atinge produção normal.
Armazenamento: As sementes são
recalcitrantes, portanto, não podendo ser armazenadas por um longo período.
Para um armazenamento inicial pode-se usar sacos de aniagem.
Fonte: Guia técnico das espécies-alvo da amazônia meridional. Joana Maria Ferreira Albrecht & Agenilda Aparecida Santos. 2003.
Fonte: Guia técnico das espécies-alvo da amazônia meridional. Joana Maria Ferreira Albrecht & Agenilda Aparecida Santos. 2003.
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