quinta-feira

Essas pobres árvores

Publicado em 15/06/2011 - Por Maristela Crispim

Castanholeira (ou amendoeira) fotografada no dia 15 de junho de 2011, em uma rua do bairro Dionísio Torres, em Fortaleza Foto: Marília Camelo
Por Maristela Crispim

Olhando para a foto acima, feita há algumas horas,  pertinho do meu local de trabalho, no bairro vizinho ao que moro, eu me ponho a questionar uma série de coisas.
Penso na importância de manter e preservar o verde urbano  para a manutenção do nosso conforto térmico e também  sob a pena de padecermos com enchentes e doenças respiratórias advindas do excesso de CO2.
Por que ainda tratamos nossas árvores assim? Por que não fazemos um planejamento para as nossas calçadas, praças e parques urbanos? Por que não pensamos em novas e, por que não dizer, revolucionárias formas de pensar a Cidade, no que diz respeito à iluminação pública e fiação aérea?
Alguém já parou para pensar que – no lugar de gastarmos para montarmos árvores natalinas, que além de fugirem à nossa realidade climática, fogem à nossa cultura – poderíamos ter ipês, acácias e outras árvores de todos os tipos a colorir e enfeitar as nossas cidades a cada fim de ano?
A meu ver, as soluções poderiam ser tão mais simples, a depender só da vontade e do empenho dos gestores públicos e privados de manifestar amor pelas cidades em que vivem de uma forma mais sincera e despojada.
Simples assim: quando você realmente ama alguém, deseja a essa alguém o melhor. Melhor que pode vir expresso em saúde, vitalidade e beleza. Tudo junto.
Vivemos no Semiárido e temos uma série de plantas nativas que, se receberem os cuidados adequados, só trarão benefícios, para todos. Por que, então, mantermos essa atitude autodestrutiva?

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